Aplicativos projetam infecções e mortes pelo coronavírus em longo prazo
Ferramentas desenvolvidas pelo Departamento de Estatística possibilitam comparações, apresentam previsões de picos e geram artigos sobre cenários
Está disponível, na página do Departamento de Estatística do ICEx, uma série de ferramentas capazes de fazer previsões e avaliações relacionadas à pandemia do novo coronavírus no Brasil. Os estudos mostram, com auxílio de gráficos, a situação atual do país por localidades, as previsões em curto e longo prazo e os cenários possíveis para Belo Horizonte e para uma tentativa de isolamento vertical.
Por meio do aplicativo Pandemia da Covid-19 no Brasil e no mundo, o grupo apresenta uma base de dados capaz de mostrar a situação atual de todos os estados e cidades brasileiras. Com isso, é possível fazer comparações entre as localidades e avaliar a evolução após o primeiro caso e por data. As comparações são feitas com até cinco estados ou regiões por gráfico, incluindo registro de novos casos, óbitos, registros por 100 mil habitantes e taxa de mortalidade para até 68 dias.
Ampliação
A ferramenta Previsão de curto e longo prazo para Covid-19 foi criada para ampliar o aplicativo lançado em março, que projetava infecções e mortes pelo coronavírus com base em casos confirmados. O novo programa, fundamentado em modelos estatísticos mais complexos, disponibiliza previsões para curto e longo prazo para casos de infecção e óbitos pela doença, para o Brasil e para os estados separadamente. Os gráficos incluem os pontos de inflexão e a duração da pandemia, com estimativas até novembro.
Segundo a professora Glaura Franco, chefe do Departamento de Estatística, a ampliação possibilita as avaliações dos picos em diversas localidades com boa precisão, mas ainda é necessário aguardar algum tempo para que surjam novos dados sobre certas regiões e, assim, formar uma ideia geral mais clara.
Apesar de ainda haver pontos em desenvolvimento, a equipe do Departamento de Estatística consegue, com os dados já captados e estimados, criar simulações para compreender cenários brasileiros, como é o caso do documento Avaliação de cenários de isolamento social para a pandemia Covid-19 no município de Belo Horizonte, que, ainda em março, abordou a situação da capital mineira, e do artigo Isolamento vertical é ineficaz para conter a pandemia da Covid-19, que argumenta sobre a ineficácia de isolar apenas alguns grupos para atenuar o quadro pandêmico atual.