Artistas defendem perspectiva pública e diversa da educação
Durante a abertura da conferência, grupos argentinos apresentaram performances que expressam seu engajamento social
![Marcílio Lana / UFMG O grupo Tamboreras Ensamble liderado por Vivi Pozzebón: ritmos afrolatinos](https://ufmg.br/thumbor/i-RZWJr8EPi_PC0dXqxC70U7jiA=/0x0:4032x3024/4032x3024/https://ufmg.br/storage/f/0/a/b/f0abf480b5799e7d1f382279f6c6a452_15288067353302_54332035.jpg)
A Orquestra de Instrumentos Indígenas e Novas Tecnologias da Universidade Nacional de Tres de Febrero, de Buenos Aires, o grupo Tamboreras Ensamble, de Córdoba, e o Charo Bogarín Trío, de Buenos Aires, apresentaram-se na cerimônia de abertura da Conferência Regional de Educação Superior para a América Latina e Caribe (Cres) 2018, realizada nesta segunda-feira, 11 de junho.
Os três espetáculos, que sucederam à mesa inaugural do evento, dialogam com os debates que estão sendo realizados durante a Cres 2018 sobre a diversidade e a necessidade do reconhecimento. As apresentações variaram da música tradicional aos sons experimentais.
De acordo com o sociólogo Boaventura de Sousa e Santos, catedrático da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Estudos Sociais, as exibições são expressões vivas do conhecimento gerado por diferentes atores sociais que precisam estar em diálogo com o que é produzido pelas universidades. Boaventura, que ministrou a conferência de abertura da Cres 2018 logo após as três exibições, destacou que o momento desafia a construção de uma nova perspectiva epistemológica da extensão universitária.
“Não se trata de levar a universidade para fora de seus muros, mas de trazer o conhecimento popular para dentro da academia. É essa extensão que vai renovar a universidade”, destacou.
Saiba mais sobre os três grupos que se apresentaram durante a abertura do evento:
![Marcílio Lana / UFMG Orquestra de Instrumentos Indígenas e Novas Tecnologias: diálogo entre o tradicional e o contemporâneo](https://ufmg.br/thumbor/u_ME_yX5IOjLw-N7-_FUDCqwSfw=/0x0:4032x3024/4032x3024/https://ufmg.br/storage/9/6/5/b/965b21173c83be7f37ced3018cf19679_15288069884675_670576007.jpg)
Orquestra de Instrumentos Indígenas e Novas Tecnologias
Diálogo entre o tradicional e o contemporâneo marca o trabalho da orquestra, que desenvolve investigações no âmbito do curso de Música Nativa, Clássica e Popular da América da Universidade Nacional de Tres de Febrero. Suas pesquisas promovem um mergulho nos diversos gêneros musicais da América do Sul e nos instrumentos nativos das culturas milenares que o habitaram.
Tamboreras Ensamble
Grupo de musicistas dirigido por Vivi Pozzebón faz do palco um espaço ritual dos ritmos afrolatinos, com a força da percussão. De acordo com Vivi Pozzebón, o grupo reúne “mulheres que lutam por seus direitos e defendem a educação gratuita e de qualidade para todos”.
Charo Bogarín
La Charo é o novo projeto solo do artista Charo Bogarín, que se dedica especialmente aos idiomas e sons da América Latina. Em sua carreira, ele acumulou uma vasta jornada ao lado dos povos originários do norte da Argentina.
![Marcílio Lana / UFMG Charo Bogarín: olhos e voz para os sons da América Latina](https://ufmg.br/thumbor/Czxb8zSham8OhXDWH_ps3giyWJQ=/0x0:4032x3024/4032x3024/https://ufmg.br/storage/0/4/9/1/049141d5f7852d052d81bb8e17ebe023_15288071163364_592915541.jpg)