Lidar com a linguagem em contextos investigativos, aplicar o conhecimento e métodos da linguística a fim de contribuir para a resolução de disputas judiciais, averiguar crimes e analisar questões que envolvam a linguagem dos tribunais e dos interrogatórios serão alguns dos pontos discutidos na próxima edição do Letras Debate, no sábado, 7 de abril, das 10h às 12h, no auditório 1007, da Faculdade de Letras (Fale).

Na palestra Linguística forense: o linguista como investigador e perito, Evandro Cunha, doutorando em Linguística na Universidade de Leiden, na Holanda, e em Ciência da Computação na UFMG, em regime de cotutela, abordará a maneira como o linguista atua no papel de investigador e perito, fornecendo evidências, por exemplo, para análises de autenticidade e de autoria de textos, detecção de plágio, identificação de falantes.

Evandro Cunha também falará sobre o trabalho do linguista no âmbito dos crimes cibernéticos, como ameaças e ataques on-line. “Meu interesse na área de linguística forense é demonstrar como podemos utilizar conhecimento linguístico para investigações e perícias. Vou apresentar a área da linguística forense como uma oportunidade de atuação dentro e fora da universidade”, afirma.

A atividade é gratuita. Para participar, os interessados deverão inscrever-se no site do Letras Debate. Serão emitidos certificados, e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas no site do evento, no Facebook ou pelo e-mail letrasdebate.ufmg@gmail.com.

O Letras Debate é realizado ao longo do ano, nas manhãs de sábado, com o propósito de oferecer aos estudantes o contato com novas perspectivas de atuação do profissional de Letras. A participação no evento também possibilita que os alunos integralizem os créditos das Atividades Acadêmicas Científico-culturais (AACC), exigidas pelo Projeto Pedagógico da Faculdade de Letras.

Sobre o pesquisador
Evandro Cunha atuou como pesquisador no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Web (INCT Web) e no Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, na Alemanha. Seus principais interesses situam-se na interface entre linguagem e computação. Atualmente, trabalha, sobretudo, com modelagem e simulação computacional de fenômenos linguísticos. Além disso, tem experiência no âmbito da linguística forense, especialmente na utilização e no desenvolvimento de ferramentas computacionais para investigações e perícias.