Ensino

Aula inaugural de formação transversal propõe caminhos para a descolonização

Atividade, aberta ao público, será realizada nesta terça

Bruno Sena Martins ministra palestra sobre as lutas de libertação, racismo e memórias de revolução
Bruno Sena Martins: lutas de libertação, racismo e memórias de revolução Arquivo pessoal

O antropólogo Bruno Sena Martins ministra nesta terça-feira, 10, a partir das 19h, a aula inaugural da Formação Transversal: Relações Étnico-Raciais, História da África e Cultura Afro-Brasileira. Lutas de libertação, racismo e memórias de revolução: para uma descolonização do presente é o título da conferência, que ocorrerá no auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação.

Em sua fala, Sena Martins pretende destacar a importância de resgatar as memórias da luta contra o nexo colonial racista, tendo a universidade como protagonista de um conhecimento emancipatório. “É fundamental convocar as histórias traumáticas e exaltantes, as forças da esperança e do desencanto, num momento em que, nos diferentes continentes, os horizontes antirracistas estão longe de serem cumpridos” explica o pesquisador.

Bruno Sena é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC), um dos coordenadores do Programa de Doutoramento Human Rights in Contemporary Societies e do programa de extensão acadêmica O Ces vai à Escola. É licenciado em antropologia e doutor em sociologia. Seus temas de interesse acadêmico são o corpo, a deficiência, os direitos humanos e o colonialismo. No âmbito da sua pesquisa, realizou trabalhos de campo em Portugal, Índia e Moçambique e produziu dois filmes documentais de divulgação científica.

Disciplinas
Educação para as relações étnico-raciais e a questão racial na escola, Oficina sobre aspectos da cultura africana e afro-brasileira, Tópicos em linguagens e etnicidade da população afro-brasileira são as disciplinas ofertadas neste semestre. Os artistas Gil Amâncio, André Sousa e Magna Cristina de Oliveira participam das atividades.

As aulas propõem uma discussão sobre a presença das matrizes africanas no repertório da cultura humana, com ênfase na influência nos modos de ser, de sentir e de pensar. Também será abordada a recuperação dessas raízes como referenciais para a interpretação e fontes para o avanço do conhecimento em um grande número de campos do saber.

Abertas a todos os estudantes de graduação da UFMG, as formações transversais reúnem um conjunto de disciplinas que abordam uma temática específica, com carga horária total mínima de 360 horas-aula. Os estudantes terão direito a certificado.