Bolsonaro, Trump, Orbán e outros líderes da extrema-direita podem ser chamados de fascistas?
Última reportagem da série sobre os 100 anos do fascismo discute uso do termo na atualidade
Foi em um contexto de crise política, econômica e social que o fascismo encontrou terreno para florescer em 1919, na Itália. Posteriormente, essa ideologia ganhou espaço em outros países influenciando regimes em Portugal, Espanha e em várias nações do leste europeu. Inicialmente, o fascismo nasceu como uma espécie de anti-partido, contra as organizações tradicionais.
Essa retórica de revolta contra “tudo o que está aí” parece semelhante a de muitos políticos que chegaram ao poder nos últimos anos: de Donald Trump, nos Estados Unidos, a Jair Bolsonaro, aqui no Brasil. Mas qual a semelhança do que o mundo viveu há 100 anos com o momento atual? Os atuais governantes de extrema-direita podem ser chamados de fascistas? Esse é o tema da última reportagem da série Fascismo: 100 anos.
(*Com produção de Paula Alkmim)
Fascistização pelo mundo
A extrema-direita chegou ao poder nos últimos anos em vários cantos do planeta, mas há casos em que a aproximação com o fascismo é maior:
Antifascismo
O que os movimentos históricos contra o fascismo deixaram de lição para movimentos que lutam contra regimes autoritários atualmente?
Nacionalismo, autoritarismo e populismo
Os três conceitos até guardam uma relação com o fascismo, mas não são a mesma coisa:
Estudar a direita é preciso
Estudos acadêmicos são necessários para entender movimentos históricos como o fascismo e também fenômenos atuais como ascensão da extrema-direita pelo mundo:
A primeira reportagem da série Fascismo: 100 anos abordou as origens e os significados do fascismo. Já a segunda reportagem ouviu especialistas em busca de respostas para a questão: fascismo e nazismo são uma ideologia de direita ou de esquerda? O tema da terceira reportagem foi a influência da ideologia aqui no Brasil e falou sobre integralismo, Estado Novo e Ditadura Militar.