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Capes Print UFMG contempla 158 bolsistas para estágio no exterior

Com redução de 30% dos recursos, mais de R$ 4 milhões que tinham liberação prevista para 2019 serão remanejados para 2023

Abertura do seminário Prospect seminar on partnership building towards strongerengagement in international collaboration, no auditório da Reitoria
Projeto de fortalecimento da internacionalização da pós-graduação foi apresentado em 2018Foca Lisboa / UFMG

Com 158 aprovações, foi divulgado na tarde desta quinta-feira, 13, o resultado final da primeira seleção do programa Programa de Internacionalização da Pós-graduação (Capes-PrInt) na UFMG. Os contemplados totalizam 1.140 meses de bolsas para permanência em instituições do exterior. O programa visa promover uma cultura de internacionalização da pós-graduação por meio de abordagem transversal e transdisciplinar, agrupando, em torno de quatro grandes eixos temáticos, propostas convergentes de 57 programas de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento.

Na modalidade Doutorado Sanduíche no Exterior (PSDE), 74 candidatos foram aprovados para 552 meses de bolsa. Na chamada Professor (a) Visitante Júnior no Exterior (PVJE), foram 21 aprovações para 156 meses de duração, e, na categoria Professor (a) Visitante Sênior no Exterior  (PVSE), 11 candidatos foram aprovados para um período de 72 meses. Para programas de pós-doutorado (PDOC) foram 26 bolsas, além de quatro bolsas de Jovem Talento (JT), ambas para um período de 12 meses. Por fim, a UFMG ainda vai receber Professores (as) Visitantes do Exterior, que aqui participarão de missões de trabalho de 15 dias.

O processo de seleção foi conduzido pelo grupo gestor do programa, com homologação pela Câmara de Pós-graduação, conforme edital. Todos os procedimentos para ocupação da bolsa podem ser conferidos em comunicado enviado aos aprovados. Pedidos de reconsideração dos resultados serão julgados até 25 de junho. Confira os procedimentos.

Bloqueio de recursos
O Programa de Internacionalização da Pós-graduação (Capes PrInt) sofreu um bloqueio de 30% em relação ao montante que deveria ser liberado neste ano. Dos R$ 13,76 milhões previstos, a UFMG receberá R$ 9,63 milhões. O valor contingenciado – R$ 4,12 milhões – será transferido para 2023, segundo informou a Capes no fim do mês passado. Com isso, o programa foi estendido de quatro para cinco anos. Ao todo, a UFMG contará com R$ 55 milhões para enviar professores e doutorandos ao exterior e receber professores e pesquisadores estrangeiros.

“Com os cortes, houve diminuição expressiva no número de solicitações que pudemos apoiar em 2019”, lamentou o pró-reitor de Pós-graduação, Fábio Alves. Os cortes atingiram quatro modalidades de bolsa: Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), Professor (a) Visitante Júnior/Sênior no Exterior (PVJE e PVSE), destinada a docentes em efetivo exercício na UFMG que desejam expandir suas pesquisas fora do país, Professor (a) Visitante do Exterior, para atuação por período de 15 dias na UFMG (PVE), e Doutor com Experiência no Exterior (DEE), que apoia jovens talentos residentes no exterior ou pós-doutores com experiência mínima de um ano no exterior.

Os projetos foram analisados pelo grupo gestor do programa, e o resultado, homologado pela Câmara de Pós-graduação da UFMG em reunião nesta quinta-feira (13), que também decidiu pela antecipação do período de inscrições para 2020. “A próxima chamada será aberta já em agosto para que as pessoas que estavam se programando para o período no exterior em 2019 possam fazê-lo já a partir de março de 2020. É uma nova oportunidade”, explica.

A UFMG e outras associações, como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Foprop), atuam para tentar reverter todo o contingenciamento de recursos para as universidades.

Internacionalização estratégica

Fábio Alves, da UFMG: é fundamental criar cultura institucional de internacionalização
Fabio Alves: é fundamental criar cultura institucional de internacionalização Lucas Braga / UFMG

O programa Capes-PrInt visa selecionar projetos de internacionalização de universidades ou de institutos de pesquisa que tenham ao menos quatro programas de pós-graduação recomendados pela Capes na avaliação trienal de 2013 e na quadrienal de 2017. Dentre eles, deve haver, no mínimo, dois cursos de doutorado. 

Seu objetivo é fomentar a construção, implementação e consolidação de planos estratégicos de internacionalização das 36 instituições contempladas em todo o país. Além disso, a ideia é estimular a formação de redes de pesquisas internacionais para aprimorar a qualidade da produção acadêmica associada à pós-graduação.

O projeto da UFMG foi construído com base em quatro frentes temáticas –Sustentabilidade, manejo de risco e governança, Novas tecnologias e fronteiras da ciência, Saúde e bem-estar e Direitos humanos –, para as quais convergem propostas de 57 programas de pós-graduação elegíveis (com doutorado e notas de 4 a 7).