Cartilha de orientação a calouros com deficiência do campus Saúde é lançada
Iniciativa de estudante de Nutrição é executada por projeto de extensão que visa a difusão da inclusão social e acessibilidade no espaço acadêmico
O projeto de extensão Promoção da inclusão social e da acessibilidade de pessoas com deficiência no Campus Saúde/UFMG, da Escola de Enfermagem, tem como objetivo difundir a inclusão social e a acessibilidade no espaço acadêmico. As atividades do projeto integrante do Programa de Apoio à Inclusão e Promoção à Acessibilidade (Pipa) envolvem trabalhos de orientação do público para uma interação positiva e inclusiva, discussão de aspectos de segurança e acessibilidade do campus, assim como prover apoio para pessoas com deficiência no espaço acadêmico.
Em ação recente, o projeto direciona seu apoio aos calouros com deficiência, com o lançamento de uma cartilha de recepção. A iniciativa é da estudante Andressa Regina Marques, do sexto período do curso de Nutrição, que parte dos desafios de ser aluna com deficiência para produzir um material de acolhimento a esse grupo.
O programa Expresso 104,5 desta terça, 8, teve Andressa como convidada para falar sobre a cartilha. Na conversa, a estudante avaliou como muito positiva a experiência de fazer parte do projeto de extensão. Desde que entrou na UFMG, defende a acessibilidade e, por isso, já foi solicitada para consultas sobre o assunto. Andressa detalhou as orientações da cartilha.
“A proposta foi uma forma de recepção dedicada a pessoas com deficiência de qualquer tipo. Ela fala de quando começaram as cotas (para pessoas com deficiência na UFMG), fala o que precisa fazer em caso de passar por uma situação de preconceito, para manter contato com o Diretório Acadêmico do curso para fazer qualquer tipo de denúncia e não ter vergonha de pedir ajuda. Também tem fotos do campus saúde, pois eu tinha essa dificuldade de não conhecer direito o campus e os prédios”, definiu.
O material também dá dicas para esses alunos neste período de ensino remoto emergencial, como a de não deixar o conteúdo do curso se acumular, e aborda questões de saúde mental. A entrevistada também contou que existe o planejamento de uma nova cartilha para o segundo semestre. Para a estudante, há um longo caminho para se ter uma universidade 100% inclusiva, mas foram conquistados muitos avanços desde seu ingresso na UFMG. A cartilha pode ser acessada pelo site da Escola de Enfermagem.
Produção: Alexandre Miranda e Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas