Institucional

Cerimônia abre celebrações dos 50 anos da Fale

Mais de 80 personalidades foram homenageadas; haverá eventos comemorativos até março de 2019

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Coral da Fale abriu a solenidadeFoca Lisboa / UFMG

A canção Muié rendeira, entoada pelo Coral da Fale na noite de ontem (terça, 16 de outubro), preparou os convidados da solenidade de abertura das comemorações dos 50 anos de fundação da Faculdade de Letras da UFMG para o ato de “memória cultural” – segundo a definição da diretora da unidade, Graciela Inés Ravetti – que ocorreria logo em seguida.

Durante a cerimônia, que contou com a participação da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, autoridades, professores aposentados, ex-diretores, servidores técnico-administrativos e alunos, 84 personalidades, mais o Diretório Acadêmico Carlos Drummond de Andrade, foram homenageadas pela contribuição à construção da história da Faculdade de Letras, fundada em 26 de novembro de 1968.

A solenidade deu início a uma série de eventos que vão celebrar o jubileu até março de 2019. A programação inclui exposição no Centro de Memória da unidade, que será aberta em 26 de novembro, concurso literário, encontro com ex-professores e escritores formados na Fale e cerimônia de encerramento, em que serão abordadas as perspectivas para os próximos 50 anos.

Olhar de afeto
Graciela Ravetti classificou a cerimônia como um ato de memória cultural, que “nos coloca em relação com o passado e nos estimula fortemente a tentar elaborar diálogos consistentes, intensos, sólidos e benéficos, com o que foi, com o que é e com o que imaginamos e projetamos para o convívio”. Segundo a diretora, a Faculdade de Letras é o lugar em que se estuda literatura e linguística – e também filosofia, religião, história, arte, ciências sociais – e onde são utilizadas diversas e sempre atualizadas teorias e metodologias, que abrangem todas as modalidades das letras.

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Graciela Ravetti: diálogos com o passado, o presente e o futuroFoca Lisboa / UFMG

“Estudá-las, em seus contextos de produção e na complexidade que nos faz humanos, é uma clara oposição ao utilitarismo produtivista que tende a predominar no século 21. O conhecimento produzido na Faculdade é essencial para a valorização da vida democrática e plural, porque nossos mais inabaláveis interesses estão relacionados com os direitos humanos e a diversidade plena, livre de restrições, sejam de raça, classe, gênero, orientação sexual, religião, origem, qualidades e quaisquer outros condicionantes”, disse.

Graciela explicou que as comemorações do jubileu têm o intuito não de ressaltar a relevância do passado por si mesmo, mas de convidar à apreciação do que, ao longo dessas cinco décadas, levou a Fale a ser o que é hoje. “Queremos lançar um olhar contaminado por afetos e histórias pessoais, por isso escolhemos algumas pessoas que carregaram, em suas próprias trajetórias, a história da Letras.” (Veja a lista dos homenageados.)

Estudantes do curso de Teatro, que participam do grupo de extensão da Fale Contos de Mitologia, coordenado pela professora Tereza Virgínia, fizeram leitura dramática de cinco poemas, de autoria dos ex-alunos da Faculdade Laís Corrêa de Araújo, José de Oliveira, Affonso Romano de Sant’anna e Maria José de Queiroz. Também foi exibido vídeo em que a primeira diretora da Faculdade, Ângela Tonelli Vaz Leão, e o professor e ex-aluno Jacyntho Lins Brandão falam de como era a Fale nos primeiros tempos.

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Sandra Almeida: centralidade da formação de educadoresFoca Lisboa / UFMG

A Fale e a missão da UFMG
Ao encerrar a cerimônia, emocionada, Sandra Goulart Almeida, que é professora da Faculdade de Letras, relembrou o ano de 1968, que é “um marco na história da UFMG”. “Quando a Universidade passava por uma reconfiguração da sua estrutura, que se revelaria decisiva, definidora do que viemos a ser, articulava-se a criação dos institutos – ICEx, ICB e IGC – da Fafich, da EBA, da FaE e da Faculdade de Letras. Eram fundados os departamentos, preparávamos o nosso vestibular unificado, para ingresso em todos os cursos. Ao mesmo tempo, inseríamos na nossa agenda o desenvolvimento da pesquisa, da pós-graduação e da extensão. Em muitos sentidos, esse ano desenhou a nossa missão como hoje a concebemos”, afirmou a reitora.

Sandra Goulart Almeida destacou ainda que a Faculdade de Letras sempre se pautou pela causa da formação de educadores. “A Educação, campo de origem das Letras, é pensada para muito além de sua dimensão relacionada à transmissão do conhecimento. Nas ações desta casa, a formação de educadores torna-se causa na justa medida em que se reconhecem sua centralidade em um projeto de sociedade democrática, justa, igualitária e próspera e seu estatuto de requisito insubstituível para a superação da desigualdade.”

A reitora compôs a mesa de honra ao lado de Graciela Ravetti, da vice-diretora da Fale, Sueli Coelho, da reitora da UFMG de 2002 a 2006, Ana Lúcia Gazzola, dos ex-diretores Johnny José Mafra (1982-1984), Jacyntho Lins Brandão (1990-1994 e 2006-2010), Eliana Amarante (1998-2002 e 2002-2006) e Luiz Francisco Dias (2010-2014).

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Atores do grupo Contos de Mitologia recitaram poemas de escritores ligados à FaleFoca Lisboa / UFMG

Isabela Lisboa / Assessoria de Comunicação da Fale