Diversidade de trabalhos marca 19ª UFMG Jovem
Bengala eletrônica, participação de mulheres na construção civil e microbiologia acessível são temas de projetos em exposição
![Júlia Duarte /UFMG a](https://ufmg.br/thumbor/6pVETdrZNFJnb-dYsFXowTR0FuE=/0x0:3006x2007/712x474/https://ufmg.br/storage/8/b/b/0/8bb011e58d89101e9374fb83f592b477_15405690713128_981158166.jpg)
Júlia Duarte / UFMG
Na manhã desta sexta-feira, foi realizada a cerimônia de abertura da 19ª UFMG Jovem. Neste ano, com a temática Ciência, tecnologia e matemática para o bem comum, 67 trabalhos foram selecionados para apresentação. Eles foram desenvolvidos em 62 escolas de 28 cidades do estado. A premiação dos melhores projetos será realizada na solenidade de encerramento, neste sábado, 27, às 12 horas.
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Júlia Duarte / UFMG
O vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira deu boas-vindas aos participantes. Ele agradeceu a presença dos envolvidos na realização do evento e destacou que, durante esse dois dias, é a UFMG quem aprende com os estudantes. Além disso, destacou a importância das escolas na produção de conhecimento. “Ensino e pesquisa começam na educação básica", frisou.
A pró-reitora de Extensão, Cláudia Mayorga, acentuou a importância de a Universidade promover o diálogo com as instituições de ensino. “Nossa vontade é cada vez mais abrir as portas da UFMG e nos aproximar da educação básica, por meio de atividades de formação de professores e de divulgação científica. Queremos que vocês cheguem um dia aqui à UFMG”, desejou.
As estudantes Sara Xavier, 17, Maria Paula Damasceno,18, e Jéssica Brandão, 17, do Cefet de Timóteo, no Vale do Aço, apresentaram trabalho sobre a participação das mulheres na construção civil. Alunas do curso técnico em edificações, eles constataram, com base em levantamento produzido pelas construtoras atuantes no estado, que 27% das empresas não possuem mulheres no quadro de funcionários e que 55% têm apenas entre uma e cinco empregadas. O trabalho surgiu por meio da participação do programa de iniciação científica Cientista Alerta, que desenvolve atividades em consonância com os objetivos da ONU para a redução de desigualdade.
![Júlia Duarte /UFMG Maria Paula Damasceno, Jéssica Brandão e Sara Xavier vieram de Timóteo](https://ufmg.br/thumbor/d59uRMoDlGBnlrz25zdmQkff2DM=/0x0:3006x2007/712x474/https://ufmg.br/storage/f/f/5/e/ff5ed90cd8d15303e725ff92df82f6d0_15405691244412_813520688.jpg)
Os alunos da Escola Estadual Padre Alfredo Kobal, do município de Caputira, apresentaram três trabalhos na feira. Um deles, intitulado Bengala Eletrônica, é um protótipo para deficientes visuais equipado com sensores ultrassônicos que avisam sobre a proximidade de obstáculos. O projeto vem sendo desenvolvido por estudantes do ensino médio há mais de um ano e visa gerar autonomia para os usuários e conscientizar a população sobre doenças oftalmológicas que podem causar cegueira.
![Júlia Duarte /UFMG Isadora, Jeferson e Wanessa com a bengala eletrônica](https://ufmg.br/thumbor/1WFSyqO74E7ESF-vNKvm1UlV8M4=/0x0:3006x2007/712x474/https://ufmg.br/storage/7/5/4/9/754986b4cb387d2fe8341dde0a14c1a1_1540569823656_10502455.jpg)
Isadora, Jeferson e Wanessa explicaram que bengalas semelhantes já existem no mercado, mas que o propósito da escola foi desenvolver um dispositivo barato, feito de materiais acessíveis e alimentado por energia limpa e recarregável. Assim, a bengala feita de cano PVC é equipada com dois sensores ultrassônicos, um localizado a 12 centímetros do chão e outro a 75 centímetros, para captar obstáculos baixos e altos, e é acoplada a uma mochila dotada de uma placa solar fotovoltaica que alimenta todo o sistema e o display de sinal sonoro que indica a proximidade de obstáculos. O custo final do dispositivo foi de R$ 426, 10 vezes menor do que o de bengalas eletrônicas disponíveis no mercado. O protótipo foi testado por deficientes visuais da cidade e teve grande aceitação.
As crianças do Ensino Fundamental 1 da Escola Municipal Professora Maria Modesta Cravo, de Belo Horizonte, estavam animados na apresentação do projeto O incrível invisível. Desenvolvido pela equipe de iniciação científica júnior da escola, composta de alunos do 4º e do 5º ano, o trabalho visa criar métodos para ensinar microbiologia de forma descomplicada aos estudantes mais novos, por meio de um álbum de figurinhas e um canal no YouTube. O projeto é fruto da parceria da escola com o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG e o Laboratório de Microbiologia Aplicada do ICB, onde os alunos coletaram materiais e fizeram experimentos.
![Júlia Duarte /UFMG Gustavo e Amanda apresentam o Incrível Invisível](https://ufmg.br/thumbor/DXWTyNINx2ev1HBt8ogkWSBAI_k=/0x0:3006x2007/712x474/https://ufmg.br/storage/7/b/c/7/7bc79b446826b0b1f9071f2c1e3b9eb5_15405698746858_711728492.jpg)
O álbum de figurinhas O incrível invisível: micro-organismos em ação associa os seres invisíveis a olho nu a personagens de desenhos animados, explica um pouco mais sobre cada um deles e convida o leitor a fazer desenhos representativos dos pequenos seres. O material contém ainda figurinhas desenhadas pelos estudantes. A revista foi distribuída entre 150 alunos do 3º ano do ensino fundamental e tem sido usada no ensino de ciências.
Alguns estandes montados na Praça de Serviços foram afetados pela chuva que caiu nesta quinta-feira no campus Pampulha. No entanto, informa a pró-reitoria Cláudia Mayorga, nenhum trabalho teve sua apresentação comprometida.