Chegada de ucranianos reacende debate sobre refugiados no Brasil
Professora do Cedeplar Carolina Moulin Aguiar detalha questões sobre a temática em entrevista ao Conexões
No mês de março, o Brasil concedeu cerca de 74 vistos e 27 autorizações de residência humanitária a cidadãos ucranianos, de acordo com dados oficiais divulgados pelo governo brasileiro na última segunda-feira, 11. No total, mais de 4,5 milhões de habitantes daquele país já pediram asilo em outros, a maioria na Europa, fugindo da guerra que assola o território desde fevereiro. Ainda de acordo com o documento, neste ano foram reconhecidos quatro refugiados e outros 37 processos de refúgio seguem em andamento.
A chegada de pessoas da Ucrânia ao Brasil reacende a discussão acerca dos refugiados no país. Segundo o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), em 2020, foram feitas mais de 28 mil solicitações da condição de refugiado, sendo concedidos mais de 26 mil reconhecimentos a solicitantes de diversas nacionalidades. Hoje, são mais de 62 mil pessoas reconhecidas como refugiadas no nosso país.
No programa Conexões dessa quarta, 13, a temática foi tema de debate em entrevista com a professora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Melo, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), na Universidade, Carolina Moulin Aguiar.
A docente explicou as diferenças entre a condição de refugiado e outras formas de acolhimento humanitário e como o governo tem tratado essa questão. Aguiar também comentou como a sociedade civil pode auxiliar no processo de acolhimento e adaptação dos refugiados no país.
Ouça a entrevista completa no Soundcloud.
Mais informações sobre refugiados no Brasil, como números, direitos, etapas do processo e legislação estão disponíveis na página do Conare, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Um recurso disponível a pessoas que necessitem de apoio é o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR), que fica na Avenida Amazonas, 641, no Centro. Mais informações no site da iniciativa.
Produção: Nicolle Teixeira, sob orientação de Luiza Glória e de Breno Rodrigues
Publicação: Alessandra Dantas