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Cineclube Mocambo faz estreia focado na exibição e debate de filmes de cineastas negros

Projeto é a primeira iniciativa do gênero contínua voltada à produção negra em BH e abrigará cinco sessões até dezembro

Cineclube Mocambo
Cineclube Mocambo Divulgação

A primeira edição do Cineclube Mocambo estreou nessa quinta, 23, com exibição e discussão de filmes dirigidos por realizadores e realizadoras negros e negras das Américas, da Europa e do continente africano. Em seus primeiros meses, a iniciativa abrigará cinco sessões de filmes, entre setembro e dezembro deste ano. A sessão que tem como tema Conversas sobre a morte vai até domingo, 26, com a exibição dos curtas-metragens death. everything. nothing e T, dos Estados Unidos, Lumbalú; Agonía, da Colômbia, e Gurufim na mangueira, do Brasil, além de um debate sobre as produções no sábado. O projeto foi idealizado por Jacson Dias, produtor de cinema e sócio-fundador da Ponta De Anzol Filmes, e Gabriel Araújo, jornalista e crítico de cinema. 

Em entrevista ao programa Expresso 104,5 dessa quinta, Gabriel Araújo atribuiu a criação do Cineclube Mocambo à necessidade de pensar o cinema produzido por pessoas negras do Brasil e de fora. Segundo o jornalista, "desde 2015 pra cá, nós tivemos uma profusão gigante de filmes produzidos por cineastas negros. Embora esses filmes tenham ficado mais nos curtas, [...] a partir do momento em que pessoas negras entram para o cinema, o jogo muda. Elas entram com novas referências e olhares sobre toda essa produção e o Cineclube surge na tentativa de entender o que esses cineastas estão produzindo, em que essas produções se diferem e se assemelham e, principalmente, o que as pessoas estão fazendo fora do Brasil e como essas outras produções se relacionam conosco".

Ouça a entrevista completa no SoundCloud.

Os filmes da primeira edição do Cineclube Mocambo serão exibidos no site oficial do projeto. Já os debates acontecem pelo canal da iniciativa no Youtube. Toda a programação é gratuita.

Produção: Filipe Sartoreto
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas