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Cintura Fina é reconhecida como cidadã honorária de Belo Horizonte

Luiz Morando, autor da biografia 'Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte', falou sobre ela, no programa Conexões

Na última sexta-feira, 17, a travesti Cintura Fina foi reconhecida como cidadã honorária de Belo Horizonte. A indicação foi feita pela vereadora Iza Lourença (PSOL) e homenageia uma das principais figuras LGBTQIA+ da história da capital mineira. Cintura Fina nasceu no Ceará e viveu em Belo Horizonte por quase 30 anos, nas décadas de 50, 60 e 70. Durante esse tempo, fez um pouco de tudo: foi cozinheira, faxineira, profissional do sexo, gari. Mas se destacou na mídia por sua personalidade combativa e pelo uso da navalha para se defender de agressões. Apesar de ser retratada como violenta pela imprensa, Cintura Fina era conhecida nas ruas por sua personalidade amigável e por defender as populações mais vulneráveis, principalmente as prostitutas. 

A travesti viveu seus últimos anos de vida em Uberaba e morreu em 1995, aos 62 anos. Apenas três anos depois, Cintura Fina se tornou conhecida nacionalmente ao ser interpretada por Matheus Nachtergaele na minissérie Hilda Furacão, da TV Globo. Neste ano, sua vida virou livro: uma biografia intitulada Enverga, Mas Não Quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte, de autoria do pesquisador sobre memórias LGBTQIA+ Luiz Morando. Nesta segunda-feira, 20, ele foi o convidado do programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, para falar sobre a vida de Cintura Fina.

Ouça a entrevista no SoundCloud.

Produção: Carlos Ortega, sob orientação de Hugo Rafael