Encerramento celebra diversidade da Semana do Conhecimento
Foram premiados trabalhos de estudantes, professores e servidores técnico-administrativos
Foi encerrada na tarde desta sexta, 19, no auditório da Reitoria, a 27ª Semana do Conhecimento UFMG, que reuniu estudantes de todos os níveis, incluindo a educação básica, professores, técnicos, comunidades parceiras dos projetos de extensão e representantes de outras universidades e da sociedade. “É uma empreitada complexa, construída por muitas mãos e muitas mentes, de todos setores da Universidade – e essa é justamente sua grande riqueza!”, observou a pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, que coordenou o evento.
Na solenidade, foram reconhecidos os melhores trabalhos apresentados durante a Semana por estudantes de ensino médio, graduação e pós-graduação, professores e servidores técnico-administrativos. Sessenta e nove participantes foram premiados, em categorias que contemplaram o ensino, a pesquisa e a extensão. As produções audiovisuais que se destacaram na mostra #VisualizaUFMG serão exibidas na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento. Veja a lista dos premiados.
Para a reitora Sandra Goulart Almeida, a premiação da Semana do Conhecimento tem caráter especial na medida em que evidencia a qualidade da UFMG e sua relevância para a sociedade, aspectos que ela considera complementares. “A qualidade nos coloca como universidade de ponta, enquanto a relevância nos traz o diálogo com a sociedade. Como universidade pública e gratuita, somos patrimônio do país e existimos em função da nossa sociedade”, enfatizou.
A recente transformação ocorrida no perfil da comunidade da UFMG, provocada pelas políticas de inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência, alinha-se, segundo Claudia Mayorga, com o tema da Semana, Saberes e práticas para reduzir desigualdades. Esse é um é “aspecto valioso, que deve ser priorizado pela universidade pública”. Segundo ela, a diversidade foi representada pelas "abordagens em diferentes áreas do conhecimento e pelos atores que aqui circularam e apresentaram suas sugestões, práticas e saberes”, observou.
'Alegria e coragem'
Em referência ao atual contexto de campanhas eleitorais, Cláudia Mayorga afirmou que as universidades “estão na mira de ataques visando à sua desqualificação e diminuição”. A pró-reitora definiu as instituições públicas de ensino como “espaços de pluralidade de ideias e de compreensão das divergências como ferramentas para idealização de uma sociedade melhor” e convidou o público a “abraçar a universidade”. “As ideias valorizadas na Semana representam algo que temos que defender com alegria, força e coragem”, salientou.
Ao se manifestar sobre o mesmo tema, Sandra Goulart Almeida sublinhou que “a intolerância e os ataques à universidade são inconcebíveis numa sociedade democrática”. Ela defendeu a preservação dos ideais presentes na Constituição Federal, ressaltando que “não podemos aceitar a violência simbólica que temos presenciado”. Para a reitora, a universidade é espaço do diálogo e das discussões construtivas. "As ações que ferem o estado democrático de direito e a liberdade de expressão são inadmissíveis.”
Para Sandra, a formação de cidadãos, a defesa dos direitos humanos e dos investimentos contínuos em educação, ciência, saúde e tecnologia, são a "herança oferecida por uma universidade, como a UFMG, que lutou contra a ditadura”. "Esse caminho é o único aceitável para o país”, concluiu.