Colóquio debate papel da comunicação pública no fortalecimento da democracia
Encontro sediado na UFMG reúne gestores das Ifes sediadas na região Sudeste
O quarto colóquio da série Universidade e Comunicação Pública, promovido pelo Centro de Comunicação (Cedecom/UFMG), reuniu nesta quinta-feira, dia 13, diretores e assessores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) sediadas na região Sudeste que formam o Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom). As discussões foram centradas no papel da comunicação pública no fortalecimento da democracia. O evento foi realizado no auditório 104 do CAD2, com transmissão pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube.
Na abertura do evento, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida destacou o papel da comunicação “neste momento de delicadeza institucional”. Sandra integra comissão da Andifes dedicada ao tema, criada em 2019, quando as universidades estavam sob fortes ataques que “tentavam deslegitimá-las”. De acordo com ela, a pandemia de covid-19 contribuiu para mudar esse panorama, uma vez que se ampliou na sociedade a percepção de que as universidades são produtoras de informações confiáveis sobre a crise sanitária. “O Cogecom e as áreas de comunicação das Ifes fizeram um trabalho primoroso durante a pandemia, e isso ocorreu também nesta semana, durante a mobilização que fizemos para reverter o bloqueio orçamentário”, exemplificou a reitora.
A diretora do Cedecom, Fábia Pereira Lima, fez uma retrospectiva da série Universidade e Comunicação Pública. O primeiro encontro, em 2017, abordou as mídias sonoras, com foco na experiência da Rádio UFMG Educativa. O segundo, em 2018, tratou das mídias textuais, com destaque para o Boletim UFMG, mídia mais antiga da Universidade. Em 2020, foram realizados dois webinários e duas trocas formativas em formato virtual, em razão da crise sanitária. “Este quarto colóquio, por sua vez, é um encontro preparatório da regional Sudeste que subsidiará o plano de ações do Cogecom para a gestão 2023”, informou a diretora.
Também integrante da mesa de abertura do evento, a diretora eleita do Cogecom para o mandato 2023, professora Maíra Bittencourt, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), vê a relação entre comunicação e democracia como crucial em um dos períodos eleitorais mais conturbados da história brasileira. “O que se observa é a busca da verdade por meio da comunicação profissional, e esse fenômeno traz grandes oportunidades para a comunicação pública”, destacou Maíra.
Mesas
O tema central do colóquio, Democracia, comunicação pública e instituições, reuniu os professores Rudimar Baldissera, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Ricardo Fabrino, da UFMG, na primeira mesa do encontro.
As práticas profissionais e o fazer comunicacional nas Ifes na perspectiva do jornalismo foram abordadas pelo professor Basílio Sartor, da UFRGS. Discussão semelhante, na ótica das relações públicas, foi feita pelo professor Daniel Reis, do Departamento de Comunicação da UFMG, enquanto seu colega de departamento, Carlos Magno Mendonça, discorreu sobre a publicidade e a gestão de imagem nas Ifes.
Na última mesa do dia, a professora Cristiane Venâncio, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e a jornalista e doutoranda Cibele Aguiar, da Universidade Federal de Lavras, debateram as estruturas de comunicação das Ifes.
A sexta-feira, dia 14, é dedicada a apresentação e debate das contribuições das Ifes do Sudeste para o planejamento estratégico do Cogecom. À tarde, os gestores farão visita técnica ao Centro de Comunicação Institucional da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), onde serão recebidos pela reitora Cláudia Aparecida Marliére.