Pesquisadora mostra como questão de gênero afeta trabalho das grafiteiras
Dissertação da Face atesta que machismo e discriminação são frequentes em BH
Grafitar sendo mulher é diferente de grafitar sendo homem em Belo Horizonte. Os espaços urbanos ainda são negados a elas. É preciso brigar para provar valor. Essa é uma das conclusões da dissertação de mestrado defendida por Alexsandra Nascimento da Silva no Programa de Pós-Graduação em Administração da UFMG. Por meio de entrevistas e de trabalho de campo, a pesquisadora investigou o cotidiano de grafiteiras em BH e como a questão do gênero influencia na atividade que elas praticam. O resultado mostra que situações de machismo e discriminação são frequentes. Saiba mais no episódio 17 do Aqui tem ciência.
Esse episódio do Aqui tem ciência integra a série de programas em homenagem ao mês de aniversário da cidade de Belo Horizonte. Ao todo, serão quatro episódios dedicados a pesquisas desenvolvidas na UFMG que têm personagens da cidade como tema. Na próxima semana (09/12), o programa será sobre uma uma tese de doutorado defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos que analisou a participação das associações e das cooperativas de catadores de recicláveis nas discussões sobre a destinação e gestão do lixo na capital mineira.
RAIO-X DA PESQUISA
Título original: De spray na mão: cotidiano, discriminação e resistências de grafiteiras de Belo Horizonte
O que é: A dissertação investigou o cotidiano de grafiteiras de Belo Horizonte, como elas se organizam e como a questão do gênero influencia no trabalho dessas artistas por meio de entrevistas com sete artistas da capital mineira. Os resultados indicaram que as grafiteiras são frequentemente vítimas de discriminação pelo fato de serem mulheres em uma profissão predominantemente masculina.
Nome do pesquisador: Alexsandra Nascimento da Silva
Ano da defesa: 2019
Programa de Pós-graduação: Programa de Pós-graduação em Administração da UFMG
Orientador: Alexandre de Pádua Carrieri
O episódio 17 do Aqui tem ciência teve apresentação de Luana Lima, produção e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento.
A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.