Institucional

Comunidade vai escolher representantes de conselhos em consultas on-line

Processo começa nesta sexta, 9, e utiliza sistema desenvolvido na UFMG com base em software de código aberto criado com essa finalidade

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Site de orientação sobre uso do sistema de consultas mostra telas que vão aparecer para os votantes
Reprodução (consultas.ufmg.br)

A comunidade da UFMG vai escolher, ao longo do mês de julho, seus representantes nos conselhos da Administração Central e outros colegiados. Será a primeira vez que a Universidade utilizará, num processo centralizado de eleições internas, sistema de consulta on-line desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), com base em software de código aberto criado nos Estados Unidos.

As eleições são destinadas à recomposição do Conselho Universitário, Conselho de Curadores, Conselho de Diretores, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), da Comissão de Ética no Uso de Animais, (Ceua), Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), do Conselho Diretor da Biblioteca Universitária, da Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (CIS) e do Conselho Diretor da Moradia Universitária.

Na próxima sexta-feira, dia 9, votarão os docentes; no dia 20, será a vez dos servidores técnico-administrativos em Educação, e, no dia 23, dos residentes das moradias universitárias. Devido às grandes dimensões do processo de consulta, decidiu-se pela separação das votações por segmentos da comunidade, informa a titular da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), Cássia Souza Monteiro.

O acesso ao sistema de consulta será feito no ambiente minhaUFMG; as informações sobre o processo estão no site da CAC, e uma página foi criada especialmente para orientação sobre o sistema.

“Esse processo de consulta centralizada é uma manifestação da democracia na condução da UFMG, por isso é essencial a participação maciça da comunidade”, convoca Cássia Monteiro, que também preside a Comissão Eleitoral Central (CEC), responsável pela gestão do processo. Os editais, abrigados no site da CAC, contêm informações sobre as vagas que serão preenchidas nos diversos conselhos.

Nas consultas deste ano, os docentes votarão para o Conselho Universitário, o Conselho de Curadores, a CPPD e o Cepe. Os técnicos vão escolher representantes para os conselhos Universitário, de Curadores, de Diretores, de Ética no Uso de Animais, da Biblioteca Universitária e para a CIS. No caso do Conselho da Moradia Universitária, apenas os residentes vão escolher representantes neste ano.

Mais segurança
O sistema de consulta on-line que será utilizado, neste mês, nas eleições de diversos órgãos e colegiados da Universidade tem servido, desde outubro do ano passado, a processos de escolha para composição de câmaras, departamentos e direção de unidades da UFMG. Foram cerca de 650 consultas, nas diversas unidades. Dessa forma foram escolhidos, por exemplo, os diretores da Faculdade de Farmácia e das escolas de Belas Artes, Arquitetura, Ciência da Informação e Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Na consulta centralizada deste mês, será usada a segunda versão do sistema, disponível desde março.

Há cerca de quatro anos, começaram a ser avaliadas, pela Diretoria de Tecnologia da Informação, alternativas de votação on-line para a Universidade, como forma de otimizar organização, tempo e custos das consultas e eleições. Com participação do professor Jeroen Van de Graaf, do Departamento de Ciência da Computação (DDC), a equipe da DTI fez a opção pelo software livre Helios Voting, desenvolvido por Ben Adida, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos.

A primeira versão para utilização na UFMG foi desenvolvida entre o fim de 2019 e o início de 2020. “Já havia interesse em adotar o sistema, e a pandemia da covid-19 acelerou as coisas”, comenta o titular da DTI, professor Dorgival Guedes, referindo-se à constatação de que tão cedo não seria possível fazer consultas presenciais, por causa das restrições à reunião de pessoas.  

O programa tem segurança baseada em criptografia: os votos são codificados e depois contados sem identificação dos votantes. “Fizemos algumas modificações, como eliminar a comunicação por e-mail do software com os votantes, que deixa vulneráveis informações críticas relacionadas ao ato de votar”, diz o diretor adjunto de Tecnologia da Informação, Carlos Alfeu da Fonseca, que coordenou a equipe responsável pelo desenvolvimento das versões utilizadas na Universidade. “Integramos o programa ao ambiente minhaUFMG, incluindo bases de dados e mecanismo de autenticação, o que garante a segurança do voto.”

Itamar Rigueira Jr.