Conselho Universitário decide manter preços das refeições nos RUs para estudantes
Medida vale para todos os discentes da UFMG; valor cobrado dos servidores e demais categorias será reajustado a partir de fevereiro
Os preços cobrados dos estudantes da UFMG pelas refeições servidas nos cinco restaurantes universitários (RUs) não serão reajustados, segundo decisão do Conselho Universitário tomada na última quarta-feira, dia 20, em reunião que também definiu novos valores para os demais usuários. O órgão máximo de deliberação da UFMG delegou, ainda, ao Conselho da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) a tarefa de formular uma proposta de política de acesso aos RUs para todas as categorias discentes.
Na sessão de quarta-feira, o Conselho Universitário autorizou o reajuste do preço cobrado dos servidores técnico-administrativos e dos prestadores de serviços terceirizados da UFMG que atuam em limpeza, vigilância, portaria e áreas verdes. Esses profissionais passarão a desembolsar exatamente o valor de referência por refeição (R$ 8,50).
O custo de referência é calculado anualmente de acordo com os gastos envolvidos na produção de uma refeição, como gêneros alimentícios, impostos, taxas, seguros, transporte, higienização, manutenção de equipamentos e utensílios e despesas com os trabalhadores dos RUs, incluindo alimentação.
Os valores de refeições praticados nos restaurantes universitários estavam congelados desde 2016, mesmo diante da alta dos preços nos últimos anos que tem causado impacto financeiro para a Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), gestora dos restaurantes. De acordo com estudos do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), entre os restaurantes universitários do país, os RUs da UFMG produzem um dos maiores volumes de refeições por ano, praticando, assim, um dos menores custos de referência por refeição. Esse resultado é alcançado graças ao trabalho da Fump, que executa a política de alimentação formulada pela Prae.
Docentes e pessoas não integrantes da comunidade universitária da UFMG, mas que tenham vínculo com atividades de ensino, pesquisa ou extensão, e outros prestadores de serviços terceirizados passarão a pagar R$ 13, enquanto os demais usuários visitantes pagarão R$ 17,50. A portaria que estabelece os novos valores entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2024.
Resolução alterada
Outra decisão tomada pelo Conselho Universitário é a alteração da resolução 02/2019, do próprio órgão, que estabelecia que estudantes não assistidos deveriam pagar pela refeição o valor equivalente ao custo de referência. Com a nova redação da resolução, a Universidade terá mais flexibilidade para estabelecer a política de alimentação para os estudantes incluídos no Programa de Permanência da UFMG, bem como para os demais discentes. A análise será feita pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) para apresentação ao Conselho Universitário.
“Assim, será possível construir, ao longo dos próximos meses, uma política de acesso aos RUs justa e ampliada, em conformidade com as realidades socioeconômicas dos estudantes. Sabemos que o programa de alimentação é fundamental para a permanência estudantil”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.
O vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira também avalia que a mudança na resolução dará à UFMG melhores condições para manter a sustentabilidade financeira dos restaurantes universitários. Em sua avaliação, a medida abre caminho ainda para que a Prae, juntamente com a Fump, faça um estudo aprofundado do perfil dos estudantes que utilizam os restaurantes universitários, incluindo os de pós-graduação, e construa uma política de alimentação ampliada de acesso aos RUs.