Consulta ao corpo discente vai mapear condições gerais de estudo durante a pandemia
Questionário lançado nesta semana busca identificar, entre outros aspectos, condições de acesso à internet; em um segundo momento, pesquisa vai subsidiar planejamento da UFMG
A UFMG lançou nesta terça-feira, dia 2, consulta que busca levantar informações para o planejamento da retomada de atividades acadêmicas. O objetivo é conhecer as reais condições de estudo dos discentes durante o período da pandemia. Além do acesso à internet e a equipamentos de informática, o questionário traz perguntas sobre as características dos ambientes de estudo fora da UFMG, o nível de familiaridade dos estudantes com as ferramentas de comunicação e informação e as condições de saúde mental durante o período de distanciamento social.
Com cerca de 20 perguntas de múltipla escolha, o questionário Consulta aos estudantes da UFMG visa estabelecer um panorama sobre as condições gerais dos estudantes. O objetivo é reunir elementos concretos para que o planejamento de curto, médio e longo prazos da retomada gradual das atividades – que poderá se dar, em caráter emergencial, com a possível oferta de atividades remotas – concilie a habitual qualidade do ensino da UFMG com equidade de acesso.
“Esse questionário vai subsidiar, de forma responsável, as reflexões que a UFMG está realizando sobre o planejamento da retomada das atividades acadêmicas e o planejamento de políticas de inclusão digital para nossos estudantes, além de preparar a Universidade para melhorias de conectividade de sua comunidade acadêmica”, explica o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira.
O formulário foi enviado por e-mail aos estudantes de graduação e de pós-graduação da UFMG. A consulta permanece aberta até a próxima terça-feira, dia 9. Também foi criado um e-mail (consulta@ufmg.br) para o esclarecimento de dúvidas dos estudantes sobre o questionário.
Retorno paulatino e seguro
A consulta ao corpo discente é uma etapa do planejamento de retomada das atividades acadêmicas, que, segundo a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, deve ocorrer de forma paulatina e segura, após aprovação dos órgãos colegiados, visando não apenas à qualidade de ensino, mas, sobretudo, à inclusão social. Quanto ao retorno das atividades presenciais, Sandra Goulart Almeida afirma que ele deve ocorrer “quando as autoridades sanitárias afirmarem que é possível”, seguindo protocolos sanitários específicos.
“A decisão pelo retorno precisa ser tomada com muita responsabilidade, sem prejuízo para os estudantes que têm alguma restrição de acesso a ambientes remotos e ferramentas digitais”, destacou a reitora em entrevista recente à TV UFMG.
Outra ação do planejamento da retomada e do combate à pandemia é a estruturação de comitês locais nas unidades e de grupos de trabalho vinculados ao Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG. Ao instituir essas instâncias, a Universidade propõe-se a desenvolver diagnósticos nas unidades, a criar condições para monitorar normas de governança da pandemia e a ampliar sua capacidade de assessoramento em temas específicos.