No dia 31 de janeiro, dois turistas chineses foram confirmados como os primeiros casos de Coronavírus na Itália. Em 19 de fevereiro de 2020, apenas 27 dias atrás, um homem deu entrada com problemas respiratórios no Hospital de Codogno, na região da Lombardia. Este foi o “Paciente Italiano n° 1” que, sozinho, contaminou mais 13 pessoas em seu entorno, incluindo sua esposa grávida e oito funcionários e pacientes do hospital. Desde então, os números foram subindo de forma muito rápida. 

No início do mês, o número de infectados por dia na Itália ultrapassou a China e o país europeu, numa tentativa de conter a propagação do Covid-19, decretou isolamento da Lombardia. A decisão gerou uma debandada de pessoas de volta às suas regiões de origem, o que  ajudou a espalhar o vírus. 

Os números continuaram aumentado e, dia 9 de março, o primeiro-ministro Giuseppe Conte ampliou a quarentena para o país inteiro, restringindo o fluxo de pessoas até mesmo nas ruas. Bares e restaurantes só estão funcionando até às 18h e garantindo uma distância de um metro entre clientes. Pubs, discotecas, bingos, missas, casamentos e funerais, todas essas atividades estão suspensas. Mesmo assim, os números não pararam de subir, e o país já registra mais de 25 mil casos e quase 2 mil mortes.

Esse cenário gera várias dúvidas: como o coronavírus vem afetando, social e financeiramente, a rotina dos italianos? Como o sistema de saúde vem lidando com isso? Quais os danos causados na economia do país e quais são as saídas para a recuperação?  

Para saber mais sobre os reflexos da pandemia do Covid-19 na Itália, o programa Conexões conversou com Fernanda Cimini, professora do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG.

Analisando a situação do país europeu e fazendo uma ligação com o futuro do Brasil, o Jornal da USP publicou uma matéria intitulada Lições da Itália. A reportagem traz um panorama da situação vivida na Itália e o que nós podemos fazer para nos preparar de forma adiantada e evitar uma tragédia por aqui. A matéria é permeada por depoimentos de brasileiros que moram na Itália e estão vendo de perto toda a situação.