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Corpo de Dona Ivone Lara é enterrado sob aplausos no Rio de Janeiro

Sambista estava internada, desde a última sexta, 13, no CTI da Coordenação de Emergência Regional, no Leblon

A sambista Dona Ivone Lara morre no Rio
A sambista Dona Ivone Lara morre no Rio Portal Brasil

O corpo da cantora e compositora Dona Ivone Lara foi enterrado na tarde de hoje no cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro. Ela faleceu na noite de ontem, aos 97 anos, após um quadro de anemia. Considerada um dos maiores nomes da música popular brasileira em todos os tempos, dona Ivone compôs sua primeira canção aos 12 anos, “Tiê, tié”, depois de ganhar de seus primos um pássaro da espécie Tiê. Aprendeu a tocar cavaquinho com o tio Dionísio Bento da Silva, que integrava o grupo de chorões que reunia Pixinguinha e Donga. 

Enfermeira e assistente social, integrou a equipe de Nise da Silveira, psiquiatra que revolucionou o tratamento mental no Brasil. Sua primeira escola de samba foi a Prazer da Serrinha, para a qual escrevia sambas que eram assinadas pelo primo Fuleiro. Em 1965, escreveu e assinou o samba-enredo “Os cinco bailes da história do Rio” para a Império Serrano, sua escola de coração, se tornando a primeira mulher a criar o samba-enredo de uma grande agremiação. 

Antes dela, Carmelita Brasil compôs os sambas da Unidos da Ponte, entre 1959 e 1964. Ao se aposentar, em 1977, passou a se dedicar integralmente à música. Em 2016, recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural por todo o trabalho prestado à música. Entre seus maiores sucessos estão, Sonho Meu, Acreditar e Alguém Me Avisou.

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