Um dos principais desafios que escritores podem encontrar ao lançar um livro é o de enviá-lo para as editoras, com a expectativa que alguma delas se interesse pelo material. Mas hoje em dia essa não é mais a única opção. Há um crescente número de autores no Brasil e no mundo recorrendo à autopublicação. 

O formato não é bem uma novidade, já que há escritores que já há alguns anos imprimem, divulgam e distribuem exemplares de forma independente. Porém, o crescimento da popularidade dos e-books tornou esse processo muito mais fácil e acessível, ainda mais quando se leva em conta as diversas plataformas de autopublicação disponíveis na Internet. O Kindle Direct Publishing, por exemplo, ferramenta de autopublicação da Amazon, atingiu recentemente a marca de 200 mil títulos disponíveis no país, já o Clube de Autores, plataforma nacional, viu um aumento de 18% no número de títulos publicados no último ano e de 40% nas vendas de livros autopublicados.

O crescimento do mercado de autopublicação de livros foi tema de entrevista no programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 31. A apresentadora Michelle Bruck conversou com Pollyanna Vecchio, que é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens do Cefet-MG.

"Há muitos motivos [que podem levar alguém a optar pela autopublicação]. Desde publicações em um âmbito familiar, em homenagem a um membro da família, que não exigem uma tiragem muito grande, até pessoas que não conseguem uma editora ou não querem perder sua liberdade criativa e acabam investindo na autopublicação. Nesse meio, [...] tem muita coisa boa e muita coisa ruim, assim como no mercado tradicional", explicou a doutoranda.

Ouça a entrevista completa no SoundCloud.

Produção: Alexandre Miranda e Marden Ferreira, sob orientação de Luíza Glória
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Hugo Rafael