Desafios para longevidade trans são tema de reportagem especial
À medida que envelhecem, travestis e transexuais enfrentam dificuldades para encontrar emprego e acessar o sistema de saúde
Hoje, 29 de janeiro, é comemorado o dia da visibilidade trans. Este é um dia de celebração, mas também de luta: relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que a idade média das 175 pessoas trans assassinadas no país no ano passado era de 35 anos. Um dado que evidencia a existência de uma série de desafios e demandas quando se pensa na longevidade da população trans, a começar pela sobrevivência.
“É uma situação muito difícil para uma trans de idade, principalmente no mercado de trabalho. É um absurdo. Não temos oportunidade. E temos o grande perigo de ficar sozinhas ou jogadas, morrer debaixo de uma ponte”. (Jane Alves, de 63 anos)
Na reportagem especial sobre o tema, a Rádio UFMG Educativa conversou com a transexual Jane Alves, de 63 anos, com o autor do livro Sob as marcas do tempo: (trans)envelhecimento na (trans)contemporaneidade, Francisco Francinete Leite Junior, e com o idealizador da ONG EternamenteSou, Rogério Pedro. Eles falaram sobre os desafios que travestis e transexuais enfrentam para chegar à velhice e viver de uma forma digna e saudável.
Esta reportagem especial teve produção de Beatriz Kalil, Igor Costa, Arthur Bugre e Paula Alkmim, com edição de Paula Alkmim.
*A Rádio UFMG Educativa informa que revisou esta matéria com o objetivo de esclarecer que a idade média (35 anos) das 175 pessoas trans assassinadas no Brasil em 2020, conforme relatório publicado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), não corresponde necessariamente à expectativa de vida da população trans como um todo no país, ainda sub-representada nas estatísticas oficiais.