Desigualdade de gênero na ciência ainda persiste, aponta pesquisa
As cientistas, em geral, ficam com bolsas de níveis mais baixos que homens mesmo em áreas em que são maioria
![Marcos Santos I USP Imagens Ao comparar a participação dos dois gêneros na ciência por área de conhecimento, estudo revelou desequilíbrios nos números](https://ufmg.br/thumbor/C6XyWuX5bxjcQfRJImhJFhGne0Q=/89x0:721x422/712x474/https://ufmg.br/storage/1/f/3/e/1f3e9ce6d88851c66a6c0eefd96ff3b8_15186156481178_654297621.jpg)
Mesmo em áreas em que são maioria, as mulheres ocupam níveis mais baixos da carreira acadêmica. É o que mostra um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelas britânicas University of Roehampton e Queen Mary University of London.
O trabalhou coletou dados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na Academia Brasileira de Ciência (ABC) entre os anos de 2013 e 2014 e comparou a participação da mulher em relação ao homem por área do conhecimento. Os números mostram que as mulheres não são maioria em nenhuma das subáreas de “Engenharia, Ciências Exatas e da Terra”. Em física, por exemplo, são 101 mulheres para 806 homens.
Já em “Ciências da Vida”, campo associado à saúde, as mulheres até são maioria em boa parte das subáreas, mas não ocupam o topo da carreira acadêmica na mesma proporção. As cientistas, em geral, obtiveram bolsas de nível mais baixo que os homens. Na bolsa PS1 A, por exemplo, que é uma das mais altas, a proporção é de 393 homens para 132 mulheres. A professora da Universidade Federal do Pará, Maria Luíza Silva, uma das autoras do estudo, comenta os resultados da pesquisa.
A pesquisa “Underrepreentation of women in the sênior levels of Brazilian Science” foi publicada no Peer Journal.