Desigualdades educacionais em Minas têm raízes no período colonial
História da educação no estado é abordada em série da Rádio UFMG Educativa sobre os 300 anos
![Arquivo Público Mineiro Professores e alunos no século XIX](https://ufmg.br/thumbor/FHGd8mJxdoKyt5f-ZuO1hK_M4oA=/0x0:1280x915/1280x915/https://ufmg.br/storage/f/f/d/e/ffdeca2aa806d70d9af4d7c8e146fe54_16071007952994_1825691549.jpeg)
Neste mês de dezembro, Minas Gerais comemora 300 anos de fundação. Para celebrar a data, a Rádio UFMG Educativa veicula uma série de reportagens especiais que tratam de educação, política e inovação no estado. As duas primeiras reportagens são dedicadas à história da educação mineira. A primeira delas, veiculada nesta segunda-feira, dia 7, focaliza os primeiros passos da educação em Minas no período colonial e no império. A entrevistada é a professora Cynthia Greive Veiga, da Faculdade de Educação da UFMG.
A história da educação no estado começa no Brasil colônia, quando o estado ainda era patrimônio da Coroa Portuguesa. Enquanto o ouro das nossas terras ia embora para a Europa, a educação dava passos lentos. Um dos pontapés para o início da educação em Minas foi um documento de 1721, que discutia a necessidade de “dar doutrina” aos jovens mineiros. Outro destaque do período colonial foi a Reforma do Marquês de Pombal, que transferiu o monopólio da organização da educação e do ensino, até então atribuição da Igreja, para a competência do Estado.
![Arquivo pessoal A professora](https://ufmg.br/thumbor/3PWphacjLorYFPrQ07riAyJWFlI=/0x53:642x480/712x474/https://ufmg.br/storage/9/9/b/e/99be17407b4100fb5f3dd92f014997d5_16071010537179_1727085786.jpeg)
A consolidação dos ambientes de ensino, no entanto, só se dá de fato após a independência. A Constituição de 1824, em seu artigo 179, define a educação como um direito. No papel, o acesso, agora dito como livre, era estendido a todos os cidadãos, sem exceção de cor e raça. Na prática, porém, uma série de entraves reduzia drasticamente o contato da população com a escola, especialmente as camadas mais pobres, as mulheres e os negros. Pessoas escravizadas, que não eram consideradas cidadãs, estavam excluídas do direito, meninas não eram obrigadas a frequentar a escola, e o índice de trabalho infantil era elevado.
Nesta quarta-feira, dia 9, às 11h20, a Rádio UFMG Educativa veicula a segunda reportagem sobre a história da educação em Minas. O foco é o período republicano, dos anos iniciais até os desafios impostos pela pandemia do coronavírus.