Dia Internacional do Jazz celebra "papel diplomático" do gênero de unir pessoas
Pianista Cliff Korman, professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Música da UFMG, falou sobre a data no programa Noite Ilustrada
O jazz nasceu no início do século 20, em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Aparentemente sem ordem, transgressor, foi vítima de muito preconceito e, durante algum tempo, visto como “marginal”. Com influências do legado religioso afro-americano e também do blues, o gênero musical se diversificou e ganhou o mundo com vozes poderosas, metais fortes e bem executados e também, é claro, pelo improviso.
No entanto, mesmo com esses elementos considerados característicos, o jazz nunca foi um gênero musical de fácil conceituação. Os músicos, críticos e estudiosos sempre divergiram acerca daquilo que poderia ser classificado como pertencente ao estilo.
Em todo o mundo, onde o ritmo chegou, ele sofreu influências e passou por adaptações, dando origem a diferentes subgêneros, como o diexieland, o swing, o jazz latino e o fusion. Em 2011, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) escolheu o dia 30 de abril para “destacar o jazz e seu papel diplomático de unir pessoas em todos os cantos do mundo”. A data é celebrada em mais de 100 países, entre eles o Brasil, provando que o gênero realmente conquistou o mundo.
Na ausência dos festivais e eventos em Belo Horizonte para celebrar a data, o programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, convidou o pianista, compositor e arranjador Cliff Korman, professor de música popular e da pós-graduação da Unirio e colaborador do Programa de Pós-graduação em Música da UFMG, para bater um papo sobre o gênero.
A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira, dia 30, também conhecido como Dia Internacional do Jazz.