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Duas visões sobre "ideologia de gênero"

Existe uma ideologia de gênero? As escolas estão doutrinando crianças? Falar de sexo estimula a sexualização precoce? Para responder a essas questões, complementado a série de reportagens Gênero: o que é da conta da escola?, colocamos lado a lado duas visões opostas sobre o tema.

- “Você não pode se dizer cristão assumindo uma postura preconceituosa, homofóbica”. 

Para a professora da Faculdade de Educação da UFMG, Adla Betsaida, que é doutora em educação, interesses políticos estão por trás do discurso contra a abordagem de questões de gênero nas políticas educacionais. Adla Betsaida afirma que a expressão ideologia de gênero é uma aberração criada por grupos conservadoras e que a informação é um direito da criança, cabendo a escola atuar ao lado da família na abordagem de temas como gênero, orientação sexual e educação sexual.

Ouça a entrevista concedida à jornalista Paula Alkmim


- “Dizer que ideologia de gênero não existe é uma tentativa de abortar o debate”. 

Para o professor aposentado de Direito Internacional da PUC de Goiás, Jean-Marie Lambert, existe sim uma tentativa de doutrinação dos professores em relação as questões de gênero. Lambert afirma que essa abordagem é contrária aos princípios cristãos da maioria dos brasileiros e que as crianças estão deixando de aprender conteúdos das disciplinas por causa dessa ideologização. Ele cita como exemplo de abordagem ideológica a discussão sobre temas como tolerância em sala de aula.

Ouça a entrevista concedida à jornalista Paula Alkmim