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Edifício JK é tombado como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte

Programa Noite Ilustrada conversou com estudante da UFMG e integrante do coletivo Viva JK

Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto compõe a paisagem da praça Raul Soares desde a década de 1950.
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto compõe a paisagem da praça Raul Soares desde a década de 1950. Divulgação - PBH

Uma cidade dentro da cidade. Uma cidade de vidro e concreto no centro de Belo Horizonte. Esse é o Conjunto Habitacional Governador Juscelino Kubitschek, ou Edifício JK como é conhecido por aqui. Construído por dois blocos de concreto, um da rua Timbiras, de vinte e três andares, e um da rua Guajajaras, de trinta e seis andares, o mais alto da capital mineira. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto compõe a paisagem da praça Raul Soares desde a década de 1950. É um marco não só da construção civil e da verticalização, mas também da organização social, histórica e cultural da cidade. Um edifício em que vivem aproximadamente 5 mil pessoas, que surgiu com a proposta de apresentar novos modos de convivência urbana, tanto no uso residencial quanto em usos coletivos, como os serviços de lavanderia, restaurantes e um hotel presentes no complexo. O projeto original contava também com a presença de um museu de arte moderna,  repartições públicas e uma área de lazer que facilitaria o trânsito dos moradores. Outra das características marcantes da proposta é a criação de um espaço público integrado ao espaço urbano. Cumpridas ou não as intenções originais, o edifício JK nunca deixou de ser um patrimônio material do modernismo e imaterial das histórias dos milhares de moradores, de lendas urbanas belo-horizontinas e da relação que outros moradores da cidade mantêm com ele. Agora, em 2022, o Edifício JK é definitivamente tombado pelo Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, processo que se iniciou em 2007. 

O programa Noite Ilustrada conversou sobre o tombamento e a importância dessa decisão com a estudante de museologia da UFMG e membra do coletivo Viva JK, Camila Pinho. 

Ouça a conversa com o apresentador Luiz Fernando Freitas:

Moradores e moradoras do Conjunto JK contaram suas experiências, memórias e curiosidades do JK à UFMG Educativa, ouça:


Produção: Guilherme Thomaz e Clarice Filgueiras, com orientação de Breno Rodrigues e Luiza Glória