Pesquisa e Inovação

Em aula aberta, pesquisadores vão detalhar nova legislação de rotulagem nutricional

De acordo com a norma que entrou em vigor no último dia 9, passa a ser obrigatório, na embalagem, o selo de alto teor de sódio, açúcar e gordura saturada

De acordo com a nova regulamentação, as informações nutricionais deverão estar grafadas em letras pretas e em fundo branco
De acordo com a nova regulamentação, as informações nutricionais deverão estar grafadas em letras pretas e em fundo branco Divulgação | Site da Anvisa

Como parte da programação da Semana do Conhecimento 2022, pesquisadores da Faculdade de Farmácia ministrarão aula aberta com o tema A nova legislação de rotulagem de alimentos e evidências científicas. O evento ocorrerá às 9h do dia 17 de outubro, segunda-feira, na sala 3061 da Faculdade de Farmácia.

As inscrições são feitas via formulário, e haverá emissão de certificado aos participantes. A atividade será mediada pela professora Lucilene Rezende e pelas pesquisadoras Crislei Gonçalves, Luiza Vargas e Sarah Pontes, todas do Programa de Pós-graduação em Ciências de Alimentos (PPGCA).

Novas regras
De acordo com o site da Anvisa, a Tabela de Informação Nutricional, presente nas embalagens dos alimentos, passará a ter, invariavelmente, letras pretas e fundo branco. O objetivo é afastar a possibilidade de contrastes que atrapalhem a legibilidade das informações.

Também passa a ser obrigatória a declaração de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes por 100g ou 100ml, bem como o número de porções por embalagem.

A principal novidade, no entanto, diz respeito à rotulagem nutricional frontal — um símbolo informativo (no caso, uma lupa preta) que deve estar em destaque na parte da frente da embalagem e alertar os consumidores quanto ao alto teor de açúcar, sódio e gorduras saturadas. 

Trabalhos anteriores
No evento do próximo dia 17, as pesquisadoras também vão discorrer sobre trabalhos anteriores, desenvolvido no âmbito do PPGCA.

No início deste ano, o doutorando Alessandro Rangel lançou um aplicativo para celular que, ao escanear os códigos de barra de alimentos processados e ultraprocessados, informa sobre a presença de nutrientes em excesso. A pesquisa foi tema de matéria publicada no Portal UFMG.

Em agosto, cientistas da UFMG, em parceria com acadêmicos da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), publicaram três artigos em que analisam a efetividade da norma e a comparam com legislações de outros países. As produções estão reunidas no volume especial Strengthening Food Labeling Policies in Brazil, publicado no portal Frontiers in Nutrition.