Ensino

Encontro da Graduação abordou experiências dos Núcleos Docentes Estruturantes

Professores discutiram aspectos como boas práticas, adequação a diretrizes nacionais e acompanhamento de egressos


“É um sonho antigo ter um momento, no início do semestre, no qual a gente pudesse conversar sobre a graduação com os docentes, os servidores técnico-administrativos em educação e os estudantes”, disse o vice-reitor da UFMG, Alessandro Moreira, na abertura do 1° Seminário Integração Docente. O evento, realizado on-line na tarde da última segunda-feira, tratou das experiências dos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) dos cursos de graduação da UFMG. A gravação está disponível no canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários da UFMG no YouTube.

“O espaço do Integração Docente se tornou muito importante para o compartilhamento de experiências, para o planejamento das atividades e para que nós pudéssemos trabalhar de forma colaborativa”, explicou a pró-reitora de Graduação, Benigna de Oliveira. O Programa, criado para dar suporte no momento de transição para o ensino remoto emergencial (ERE) adotado em razão da pandemia, foi incorporado ao Calendário Acadêmico, e há duas edições agendadas para 28 e 29 de outubro próximo, às quais se somarão outras atividades ao longo do ano.

A ideia é que esse espaço de reflexão sobre o ensino extrapole o âmbito da Administração Central e que as unidades acadêmicas também criem encontros para compartilhamento de experiências e planejamento. Com esse objetivo, diretores de unidades e do Sistema de Bibliotecas enviaram mensagens em que convidam a comunidade a se conectar com a iniciativa.

Viviane Birchal, diretora de Avaliação Institucional da UFMG e presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), apresentou resumo da análise dos relatórios que os Núcleos Docentes enviaram para a CPA referentes ao ano de 2019, incluindo alguma atividade de 2020. Dos 91 cursos de graduação, atendidos por 77 NDEs, 59 (76,6%) entregaram os relatórios. Para o trabalho, as informações foram separadas em cinco temas: funcionamento dos Núcleos, adequação do Projeto Pedagógico Complementar (PPC) às normas gerais da graduação e às diretrizes curriculares nacionais (DCN), acompanhamento de egresso, adequação à exigência sobre atividade de extensão e boas práticas.

O evento foi mediado pelo pró-reitor adjunto de Graduação, Bruno Teixeira.

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Encontro dos Núcleos Estruturantes foi mais uma iniciativa do Programa Integração Docente
Reprodução de tela / Raphaela Dias | UFMG

Relatos
Quatro representantes de Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) compartilharam suas experiências. A professora Mariana Martins, presidente do NDE da Faculdade de Farmácia, falou da reestruturação do curso de Farmácia com dados como o novo perfil exigido para o egresso, a necessidade de pensar na formação por competência, desafios que enfrentam e como estão realizando o trabalho.

O professor Theles de Oliveira, presidente do Núcleo dos cursos de graduação em Administração e Engenharia Florestal do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros, enumerou elementos que norteiam o trabalho, como o objetivo dos cursos, o perfil do egresso que querem formar, as bases legais, normas e resoluções, avaliação e reconhecimento dos cursos e articulação com os colegiados.

Membro do NDE de Ciências do Estado, David Lopes abordou o mapeamento de inserção profissional dos egressos, realizado em 2019, quando a graduação completou dez anos. Na ocasião, segundo ele, constatou-se que a quase totalidade dos formados atua em sua área de formação e contribui para repensar o curso, que está entre aqueles criados mais recentemente na UFMG.

A importância do NDE para assegurar a integralização das atividades de extensão, especialmente em tempos de distanciamento social, foi o foco da exposição da professora Maria Elisa do Amaral, presidente do Núcleo do curso de Artes Visuais. Ao tratar de projetos como exposições e outros trabalhos com comunidades de Belo Horizonte, Maria Elisa ressaltou a necessidade de valorizar a presença, quando for possível o retorno às aulas presenciais, sem deixar de explorar todo o potencial oferecido pela tecnologia.

Elisa Campos, da EBA, e Nathalia Vieira, intérprete de Libras
Elisa Campos, da EBA, e Nathalia Vieira, intérprete de Libras Reprodução de tela / Raphaella Dias | UFMG

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