Brasileiros contam suas experiências no exterior em encontro de mobilidade
Estudantes relataram vivências em Portugal, na China, na Índia e na França
Estudantes de diferentes cursos da UFMG que tiveram a oportunidade de passar uma temporada de estudos no exterior compartilharam suas experiências no 2° Encontro de Mobilidade Internacional, realizado nesta quinta-feira, dia 17, como parte da programação da 28ª Semana do Conhecimento.
Na abertura dos trabalhos, no CAD3, a coordenadora do Setor de Mobilidade Internacional da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), Marcella Gomes, apresentou programas de intercâmbio mantidos pela UFMG e falou sobre o esforço da Universidade em aperfeiçoar sua política de internacionalização. “O contato cultural é extremamente importante para os nossos estudantes, professores, pós-graduandos e servidores. É a partir dele que o ser humano aprende a trabalhar com a diversidade, a identificar habilidades distintas e possibilidades de fazer melhor e diferente”, destacou a coordenadora.
Professoras do Instituto Confúcio realizaram performance de dança seguida por apresentação do aluno Eduardo Augusto da Silva, que falou sobre sua experiência na Huazhong University of Science and Technology, na China. “A mobilidade na China me deu a oportunidade de ter mais contato com a sua história e de desenvolver uma conexão com aquilo que eu já havia aprendido sobre o país”, reflete Eduardo.
Na sequência, teve início a rodada de apresentações dos estudantes da UFMG com tempo máximo de dez minutos para cada participante. Para validar sua mobilidade internacional, todo aluno deve elaborar uma apresentação sobre suas experiências e sobre seu aprendizado no exterior. As exposições foram avaliadas por banca formada pelos professores Fernanda Cimini Salles (Departamento de Ciências Econômicas da Face), Isabela Almeida Pordeus (Departamento de Saúde Bucal da Criança e do Adolescente, da Faculdade de Odontologia) e Luiz Cláudio de Almeida Barbosa (Departamento de Química, do ICEx).
O estudante de Direito Amael Notini Bahia relatou algumas de suas vivências na Universidade Sorbonne, em Paris, e suas impressões da capital francesa. No processo de aprendizagem, Amael ressaltou a contribuição do sistema de avaliação oral francês para a prática do direito. “Além de ter sido uma ótima oportunidade de praticar meu francês, a prova oral foi um diferencial para o meu conhecimento. Participei também de um trabalho dirigido – uma experiência extremamente difícil – e tive acesso a uma metodologia de redação jurídica muito diferente da adotada no Brasil”, contou.
Em sua apresentação, a aluna de Teatro Ana Paula Silva Pena concentrou seu foco nas dificuldades pelas quais passou até conseguir dinheiro suficiente para se manter em Portugal e estudar no Instituto Politécnico de Leiria. “Vendi comida, trabalhei como faxineira e garçonete. O meu relato não é uma defesa da meritocracia, mas uma denúncia das injustiças sociais”, desabafou a estudante. Ao retornar ao Brasil, Ana Paula criou um blog, no qual registra suas vivências em outro país e dá dicas para quem quer seguir seu exemplo.
Graduada em Design de Moda pela UFMG, Maíra Gouveia fez sua mobilidade na Índia, em 2016 e 2017, quando lecionou Fundamentos do design na ARCH Academy of Design. “Elaboramos seis projetos. Era uma turma formada por alunos da faixa dos 18 aos 20 anos. Muitos deles estavam deixando a casa dos seus pais pela primeira vez. Senti a necessidade de formá-los não só como profissionais, mas também como seres humanos”, relatou Maíra.