Mais de cinco milhões de candidatos farão o Enem nos dias 3 e 10 de novembro. Para muitos deles, o que está em jogo é o sonho de ingressar em uma instituição pública de ensino superior no Brasil. E a UFMG é sempre uma das mais disputadas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Na edição de 2019, a Universidade registrou mais de 100 mil inscritos para cerca de 6,6 mil vagas. 

Objeto de desejo de tantos candidatos, a UFMG carrega a responsabilidade de ser uma instituição cada vez mais aberta à inclusão e à diversidade. Nos últimos dez anos, a adoção do Enem como processo seletivo, combinada a políticas afirmativas, como a Lei de Cotas, mudou bastante a cara da UFMG.

Mas você, que quer ingressar na UFMG, já se perguntou como é a vida de estudantes indígenas, negros ou com deficiência na Universidade? Ou ainda daqueles que são imigrantes ou LGBTS? A democratização do acesso à Universidade é abordada no programa Outra estação desta semana. 

O programa ouviu estudantes trans, indígenas, idosos, com deficiência e estrangeiros que contam como é estudar na UFMG. E também descreveu o trabalho realizado por diferentes setores da Universidade para assegurar a inclusão e a permanência desses grupos.

Cotas e desafios

No primeiro bloco, são abordados os impactos da Lei de Cotas, criada em 2013, que garante reserva de vagas para estudantes de escolas públicas, de baixa renda e autodeclarados pretos, pardos, indígenas e para pessoas com deficiência. Em outra frente, o programa mostra os desafios de alunos transexuais e indígenas no ambiente acadêmico, indicando quais medidas de inclusão a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG tem tomado para colaborar, de forma efetiva, com a permanência desses estudantes.

Foco na inclusão

O destaque do segundo bloco é o trabalho do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), órgão responsável pela formulação de políticas de assistência a estudantes com algum tipo de deficiência física ou mental. Atualmente, o NAI conta com 450 alunos cadastrados. São os casos de Caick Silva, surdo e estudante do curso de Pedagogia, e Alessandro Amaral, deficiente intelectual e estudante do curso de Geologia.

O Outra estação também conta como se dá a inclusão de estudantes com mais de 60 anos nos cursos de graduação e conversa com estudantes oriundos de outros estados e do exterior sobre suas experiências na UFMG, além de mostrar o suporte que a Instituição oferece a essas pessoas. 

O Enem
Conforme orientação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização da prova, os candidatos devem levar, neste domingo, dia 3, ao local de provas, um documento de identificação original, oficial e com foto, além de caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente. No primeiro dia, serão avaliados os conhecimentos dos concorrentes em redação, Linguagens, códigos e suas tecnologias e Ciências humanas e suas tecnologias. Os portões se abrem às 12h, de acordo com o horário de Brasília, e se fecham às 13h. A prova começa às 13h30, e os candidatos poderão ficar na sala até 19h. 

No domingo, 10 de novembro, as questões aplicadas são de ciências da natureza e matemática. Mais informações estão disponíveis no site do exame. 

Para saber mais sobre o tema

UFMG
Fump
DRI
Ouvidoria
Prae
NAI
Sisu UFMG
Vestibular Habilidade
Enem

Produção
O episódio 12 do Outra Estação foi apresentado por Larissa Reis, com produção de Arthur Bugre e Larissa Reis, edição e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. 

O Outra estação explora, semanalmente, um tema de interesse social, buscando dados e conversando com pessoas que possam trazer contribuições sobre o assunto. Na Rádio UFMG Educativa (frequência 104,5 FM), o programa vai ao ar às quintas-feiras, às 18h, com reprise na sexta, às 7h30. O programa também está disponível nos aplicativos de podcast.