Saúde

Escola de Enfermagem vai avaliar condições de saúde dos belo-horizontinos

Estudo pretende monitorar características e hábitos associados a doenças crônicas não transmissíveis, principais causas de adoecimento e morte no país

A pesquisa ocorre por meio de formulário digital ou entrevista telefônica
Pesquisa é feita por meio de formulário digital ou entrevista telefônica Divulgação

Um estudo do Grupo de Estudos em Inquéritos Populacionais de Saúde (Geips), da Escola de Enfermagem, vai monitorar características e comportamentos de saúde associados a doenças crônicas não transmissíveis da população de Belo Horizonte a partir de 18 anos.

Os participantes estão sendo acionados via SMS, com um link de acesso para responder a um questionário digital, ou diretamente, por um entrevistador, para participação por telefone.

O coordenador do estudo, Rafael Moreira Claro, professor do Departamento de Nutrição, ressalta que as doenças crônicas não transmissíveis, como as pulmonares, as do coração, o diabetes e o câncer impactam a gestão dos serviços de saúde e são a principal causa de adoecimento e morte no Brasil. 

Esse cenário é corroborado por um estudo recém-divulgado pelo Ministério da Saúde, que aborda os fatores de risco e proteção para doenças crônicas entre adultos. "O excesso de peso e a obesidade afetam grande parte da população — respectivamente, 57,9% e 20,7% —, assim como outras doenças crônicas, como a hipertensão arterial (28,5%), o diabetes mellitus (8,7%) e a depressão (17,4%). Sabe-se que a ocorrência dessas doenças está intimamente relacionada a quatro grupos de fatores de risco comportamentais e modificáveis: tabagismo, consumo de álcool, alimentação inadequada e prática insuficiente de atividade física", enumera Moreira.  

Segundo o professor, a participação no inquérito é anônima, dura cerca de dez minutos e não inclui informações como renda, endereço ou número de CPF ou RG do entrevistado. "A pesquisa vai possibilitar que seja aprofundado o conhecimento sobre os hábitos cotidianos e influenciar programas, políticas e ações destinadas à melhoria da saúde e da qualidade de vida da população”, reitera.

Vilões da saúde
Segundo o Ministério da Saúde, 9,6% da população adulta de Belo Horizonte é fumante, e 22,4% dos belo-horizontinos consomem álcool de forma abusiva. Alimentos ultraprocessados são ingeridos em excesso por 18,8% dos cidadãos, e chega a 13,5% o índice daqueles que tomam refrigerantes ou bebidas adoçadas em cinco ou mais dias da semana.

Os dados também revelam que 40,1% das pessoas praticam atividade física no tempo livre, e 64,5% passam mais de três horas por dia em frente a telas (assistindo a programas de TV ou em computadores, celulares ou tablets).

Com Portal da Escola de Enfermagem da UFMG