Extensão

Estudos sobre Brumadinho serão lançados em evento na Faculdade de Medicina

Rompimento da barragem da Vale, que completa cinco anos nesta semana, matou 272 pessoas e atingiu 26 municípios

Rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, despejou rejeitos com metais tóxicos no Rio Paraopeba
Rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, despejou rejeitos com metais tóxicos no Rio Paraopeba Foto: Vinícius Mendonça | Ibama

Um banco de dados e estudos ecossistêmicos referentes aos impactos nos territórios do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em 2019, serão apresentados nesta quarta-feira, dia 24, a partir das 9h, em evento no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG. Com transmissão ao vivo pelo YouTube, a atividade será promovida pelo Instituto Guaicuy em parceria com o projeto Manuelzão e com o Conselho Regional de Biologia (4ª região).

Em busca de respostas: divulgação de dados, estudos e produções elaborados com as pessoas atingidas do Baixo Paraopeba, Represa de Três Marias e Rio São Francisco é o tema do evento, que também vai prestar homenagem às 272 pessoas mortas em decorrência da tragédia e aos movimentos da sociedade civil que lutam por justiça. O desastre, que completa cinco anos nesta quinta-feira, dia 25 de janeiro, atingiu 26 municípios ao longo da Bacia do Paraopeba, da Represa de Três Marias e do Rio São Francisco.

Ambiente e saúde
Os estudos foram realizados em parceria com as comunidades impactadas, laboratórios acreditados e consultorias especializadas, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2022. Os dados ambientais primários colhidos dizem respeito à avaliação dos seguintes pontos: águas do Paraopeba e reservatórios das Usinas Hidrelétricas Retiro Baixo e Três Marias, sedimentos em rios e lagos, ecotoxicidade de água superficial e sedimentos, solos das áreas marginais ao rio. Além disso, foram coletados e analisados os peixes e outras comunidades aquáticas para avaliação de aspectos ecológicos. 

Em relação às pesquisas em saúde, foi feita a análise da situação de saúde das pessoas atingidas, levando em conta perspectivas sociais, econômicas, biológicas, ambientais, ecológicas e de serviços de saúde.

Todos os dados e estudos estarão disponíveis a partir desta quarta, 24, no site do Instituto Guaicuy, onde algumas das principais conclusões dos trabalhos já podem ser encontradas.

Durante a atividade, também serão lançados o documentário De Angueretá a Barra do Rio de Janeiro: o rompimento da barragem da Vale para além de Brumadinho e a revista ilustrada Cinco anos do desastre-crime da Vale: no curso das águas, a luta por reparação.

Com Assessoria de Comunicação da Proex