O Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS BH), exibe a exposição Cinejornais em Belo Horizonte. A mostra aborda vários aspectos dessa peça audiovisual, que consiste em um noticiário exibido nos cinemas antes do filme principal, no período entre as décadas de 1920 e 1980. Dessa maneira, é oferecido ao público um panorama da história da cidade a partir dessas produções. São abordados diferentes aspectos dos cinejornais, desde o surgimento à decadência, do processo de produção à conservação das películas, além de levantar três eixos de discussão: o carnaval, os rios urbanos, e as ausências.

O programa Expresso 104,5 dessa sexta-feira, 26, apresentou entrevista com a Diretora de Museus da Fundação Municipal de Cultura, Janaina Melo. Ela classificou o cinejornal como importante documento de pesquisa sobre o cotidiano e a história da cidade e destacou o empenho da equipe técnica do MIS. Mesmo antes da pandemia, os profissionais vinham trabalhando com o acervo de mais de 600 cinejornais e identificaram a oportunidade de compartilhar parte desse material com o público.

A convidada explicou o contexto de difusão das peças audiovisuais. “Cinejornal era um processo de comunicação, de propaganda e de divulgação de informações antes mesmo da existência da TV e até da internet. É um formato que surge com a popularização do cinema, então, começa na década de 20 e funciona como estratégia de comunicação. Foi uma ação muito importante no contexto da segunda guerra mundial, de informação e de propaganda e perdura  pelo menos até os anos 80”, definiu.

Ouça a entrevista completa pelo Soundcloud.

A exposição Cinejornais em Belo Horizonte pode ser visitada de quarta a sábado, das 11h às 18h. A entrada é gratuita, mediante agendamento pelo Portal da Prefeitura. O Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte é localizado na Avenida Álvares Cabral, 560, Lourdes.

Produção: Flora Quaresma, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas