Saúde

Faculdade de Medicina inicia testes com candidata a vacina contra a covid-19

Ensaios em Belo Horizonte atrasaram por causa da suspensão do estudo provocada por efeito adverso em voluntário dos EUA

Testes na UFMG foram adiadas por causa de evento adverso registrado em voluntário dos EUA
Investigações oficiais e independentes comprovaram que evento adverso não teve relação com produto testadoReprodução | TV UFMG

A Faculdade de Medicina da UFMG inicia, nesta quarta-feira, dia 4, o ensaio clínico da vacina candidata da Johnson & Johnson contra a covid-19, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizarem a retomada dos estudos no Brasil. Os testes estavam suspensos em âmbito mundial desde o dia 12 de outubro devido ao evento adverso grave registrado com um voluntário dos Estados Unidos.

De acordo com o professor Jorge Andrade Pinto, coordenador dos ensaios na UFMG, o evento foi exaustivamente investigado tanto por comitês de segurança independentes quanto pelas agências reguladoras, e nenhuma causa clara foi identificada, mostrando a ausência de relação com o produto vacinal em teste. A autorização foi publicada nesta terça-feira, 3, pela Anvisa, mas nos Estados Unidos a permissão para continuidade se deu no dia 23 de outubro.

A interrupção adiou o início dos testes conduzidos pela Faculdade de Medicina, e só hoje os primeiros candidatos selecionados, após o preenchimento do formulário on-line, estão recebendo as doses do produto vacinal. O atendimento ocorre por meio de agendamento feito pela equipe responsável, após coleta e avaliação das informações necessárias.

Jorge Pinto lembra que, em algum momento, todos os inscritos no pré-cadastro on-line receberão uma resposta sobre sua participação, seja para esse ensaio clínico ou para testes com outros produtos vacinais e anticorpos monoclonais que visam combater o vírus Sars-CoV-2.

Centro colaborador
A Faculdade de Medicina é um dos dois centros brasileiros que atuam como colaboradores dos estudos desenvolvidos pela rede Covid-19 Prevention Network (CoVPN) para oferecer respostas à pandemia do novo coronavírus – o outro é o Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina