Pesquisa e Inovação

Faculdade de Medicina testa vacina da Pfizer em grávidas

Instituição é um dos quatro centros do Brasil que participam dos estudos

Estudo pretende identificar eficácia da vacina em gestantes e até nos bebês
Estudo pretende identificar eficácia da vacina em gestantes e até em seus bebês João Viana | Fotos Públicas

Os laboratórios Pfizer e BioNTech começaram os testes clínicos no Brasil para avaliar a eficácia e a segurança da sua vacina contra a covid-19 em mulheres grávidas. A Faculdade de Medicina da UFMG é um dos quatro centros de pesquisa no país que compõem o estudo mundial do consórcio de farmacêuticas. Quatro mil mulheres participarão dos estudos clínicos – cerca de 200 nos polos brasileiros.

Podem participar mulheres grávidas saudáveis com 18 anos de idade ou mais que estejam entre a 24ª e a 34ª semana de gestação. Na Faculdade de Medicina, serão recrutadas inicialmente mulheres que já fazem acompanhamento pré-natal no Hospital das Clínicas da UFMG. Todas serão acompanhadas pela equipe da pesquisa por seis a 12 meses, assim como seus bebês.

Vantagem dupla?
De acordo com o professor Jorge Andrade Pinto, do Departamento de Pediatria da Faculdade e coordenador do estudo na UFMG, os testes são necessários para avaliar a segurança da vacina na população de gestantes, ao mesmo tempo em que se investiga a questão da imunização nos bebês. “A estratégia principal é imunizar as mães, mas isso pode ter uma vantagem dupla. Esse estudo é importante ainda para saber se a criança também será imunizada”, explica.

O grupo do professor Jorge Andrade está à frente de outras pesquisas que investigam medidas preventivas contra o coronavírus. “Esse trabalho faz parte de um portfólio sobre vacinas nas mais diversas populações. A intenção é conhecer os imunizantes em diferentes aspectos”, salienta. “É assim que a ciência anda, uma ação se junta a outra para a produção de conhecimentos cada vez mais ricos”, completa.

Com Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina