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Forumdoc.bh completa 25 anos com programações on-line e presencial

Festival co-realizado pela Fafich desde 1997 é focado em documentários sob a perspectiva da etnografia e apresenta exibições organizadas em mostras especiais e debates ao vivo

Ao todo, o 25º forumdoc.bh exibe 46 filmes, alguns tendo sessões exclusivamente presenciais. Entre eles, a animação wapichana 'Kanaukyba'.
Ao todo, o 25º forumdoc.bh exibe 46 filmes, alguns tendo sessões exclusivamente presenciais. Entre eles, a animação wapichana 'Kanaukyba' (2021)Reprodução: 'Kanaukyba' por Gustavo Caboco e Pedra do Bendegó (2021).

Já está no ar a 25ª edição consecutiva do Festival do Filme Documentário e Etnográfico Fórum de Antropologia e Cinema, também conhecido como forumdoc.bh. O evento é realizado desde 1997 e celebra a cena nacional de cinema independente, com programações voltadas para a descentralização da cultura. A edição deste ano ocorre em formato híbrido, com exibições on-line de documentários e debates, mas também projeções presenciais no Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes. O acesso à programação é gratuito e segue em cartaz até o dia 2 de dezembro.

Ao todo, 46 obras serão exibidas ao longo do Festival, divididas entre 5 mostras. Os visitantes presenciais do forumdoc.bh também terão acesso à uma exposição na Galeria Mari’Stella Tristão, também no Palácio das Artes, onde estão exibidos 6 trechos inéditos e 300 fotografias do acervo do projeto Vídeo Nas Aldeias.

Nesta sexta-feira, 26, o educador, pesquisador e um dos curadores do festival, Arthur Medrado, participou do programa Noite Ilustrada, concedendo entrevista ao produtor Maron Filho, trazendo mais detalhes sobre a 25º forumdoc.bh. Sabendo que a última edição do Festival foi realizada inteiramente on-line, devido às restrições impostas pela covid-19, Arthur enxerga o formato híbrido como uma oportunidade de democratização do acesso à programação. 

A 25ª edição do forumdoc.bh também exibe, pela primeira vez na América Latina, produções do Karrabing Film Collective, um grupo de cinema indígena baseado no norte da Austrália. Segundo Arthur, "são filmes muito singulares, com uma linguagem muito inventiva, e que trazem pra nós, do cinema, uma outra forma de fazer os filmes, desde a sua produção coletiva até o que vemos na tela. O material desvia um pouco do que nós temos como imagem imaginária do cinema indígena e nos mostra novas oportunidades de articulação e sensibilidade". O cinema indígena nacional também marca forte presença na programação do Festival, através das mostras Comunidades de Cuidado e Desaparecimento e Reaparecimento dos Povos e das Imagens.

Ouça a entrevista completa no SoundCloud.

Para saber mais sobre as programações do forumdoc.bh, basta acessar o site do Festival. As projeções presenciais, realizadas no Palácio das Artes, vão até o dia 30 de novembro. Aos interessados, não deixem de usar máscara cobrindo boca e nariz, higienizar as mãos com frequência e manter o distanciamento social.

Produção: Maron Filho e Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória e Alessandra Dantas
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas