Foram mais de nove mil luvas, 200 máscaras, alguns litros de álcool em gel e até jalecos descartáveis arrecadados no primeiro dia (23 de março) da campanha de doações para o Hospital das Clínicas (HC) e o Risoleta Neves, ambos na linha de frente do enfrentamento da pandemia de coronavírus em Belo Horizonte. A iniciativa, promovida pela Diretoria do ICB entre seus pesquisadores, laboratórios e colaboradores, foi motivada tanto pela dificuldade de encontrar esses materiais nos fornecedores quanto pelo crescimento da demanda de atendimento de casos relacionados à Covid-19. 

A direção do Instituto recorreu à solidariedade de seu corpo técnico-científico, e o resultado superou as expectativas. "É muito importante que essas doações ocorram o quanto antes possível, dada a urgência da situação enfrentada pelos profissionais de saúde", defende o diretor do ICB, Carlos Augusto Rosa, à frente da iniciativa na Unidade. 

O professor garante que ainda é possível participar. "Até a próxima sexta-feira, dia 27 de março, as doações podem ser deixadas na portaria principal do ICB, se possível junto com uma relação detalhada do material doado", orienta Carlos Rosa. 

As doações serão encaminhadas aos dois hospitais. Mais informações sobre a iniciativa podem ser obtidas pelo e-mail comunica@icb.ufmg.br.

Financiamento coletivo
Nesta terça-feira, dia 24, a UFMG, o Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), deram início a uma campanha de financiamento coletivo que objetiva arrecadar recursos para aquisição de medicamentos, insumos, equipamentos e contratação de serviços destinados aos dois hospitais e à UPA Centro-Sul.

A arrecadação busca apoiar essas unidades de saúde – de atendimento básico e de alta complexidade – na aquisição de insumos e materiais médico-hospitalares, como luvas, aventais, protetores faciais, máscaras cirúrgicas, suportes de soro; materiais de limpeza, como desinfetantes, álcool gel, papel toalha; medicamentos e contratação de serviços especializados. 

Em razão do aumento de atendimentos a pacientes com a Covid-19 e considerando o crescimento cada vez mais acentuado na taxa de pacientes, essas unidades começam a verificar uma queda expressiva em seus estoques e na capacidade de assistência à saúde.