Insistir na produção do conhecimento é vital para a manutenção da vida, afirma vice-reitora
Sandra Goulart Almeida falou aos alunos no encerramento da Semana do Conhecimento
Premiação de trabalhos de destaque apresentados em cinco eventos acadêmicos encerrou, na tarde desta sexta-feira, 21, a programação da 25ª Semana do Conhecimento. Na cerimônia, a vice-reitora Sandra Goulart Almeida enfatizou o papel da produção do conhecimento como algo dinâmico, contínuo, “que precisa ser constantemente questionado e construído conjuntamente para a manutenção da vida”, em referência à poeta polonesa Wisława Szymborska, Nobel de Literatura de 1996.
A vice-reitora lembrou que tal reflexão está presente na temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Ciência alimentando o Brasil – e no tema da Semana do Conhecimento da UFMG, Cultivar vidas: ciência e sociedade.
Sandra Almeida observou que as reflexões presentes em vários momentos da Semana remeteram para importantes eixos, como segurança alimentar, sustentabilidade do país “e também da ciência que fazemos”, gestão de pessoas, ações afirmativas e relação com a sociedade, “temáticas que se voltam para o desenvolvimento científico, humano e social e para a construção de novos conhecimentos necessários justamente para a manutenção da vida".
Palestras e debates no âmbito da Semana também abordaram questões prementes para uma instituição pública e gratuita como a UFMG, lembrou Sandra Almeida, ao aludir aos pronunciamentos da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader, para quem “educação, ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos”, e do deputado federal Patrus Ananias, que falou da importância de se manter de pé nesses momentos difíceis.
“Colocarmo-nos de pé é o que fazemos ao celebrar os 90 anos da UFMG e ao realizar a Semana do Conhecimento”, ressaltou Sandra Goulart, que também citou o poeta francês Vitor Hugo, segundo o qual “pode-se resistir à invasão de exércitos, mas não à invasão de ideias”.
Para a vice-reitora, é necessário pensar “na insistência das ideias e na resistência que devemos ter como instituição, como comunidade unida, discutindo a universidade pública que escolhemos para nosso país”. Em sua opinião, insistir e resistir na produção de conhecimento e de ideias “não é apenas necessário nesse momento, é vital para a manutenção da vida. É o momento de resistirmos e mostrarmos à nossa sociedade a que viemos e o que fazemos”, enfatizou.
A pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira, responsável pela coordenação geral desta edição, falou em nome de todas as pró-reitorias e diretorias envolvidas com o evento. “O conhecimento produzido por esta Universidade também é uma forma de resistir, sobretudo em um momento tão difícil. Estamos produzindo”, disse.
Também compuseram a mesa os pró-reitores de Graduação, Ricardo Caldeira Takahashi, de Pesquisa, Ado Jorio de Vasconcelos, de Pós-graduação, Denise Maria Trombert de Oliveira, de Recursos Humanos, Maria José Cabral Grillo, e a diretora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, Adriana Valladão Novais Van Petten.
Na solenidade foram destacados trabalhos acadêmicos publicados na 25ª Semana de Iniciação Científica, no Seminário do Programa de Apoio a Inclusão e Promoção à Acessibilidade (Pipa), no 19º Encontro de Extensão, na 20ª Semana de Graduação e na 6ª Jornada de Apresentação do Conhecimento Produzido pelos Técnico-Administrativos em Educação.