Internacional

‘Legados das transições democráticas’ é tema de conferência nesta segunda

Professor da Universidade de Lisboa fala na Faculdade de Medicina sobre como democracias contemporâneas promovem justiça de transição

Legenda
António Costa Pinto, professor da Universidade de LisboaFoto: Arquivo pessoal

O cientista político português António Costa Pinto faz nesta segunda-feira, 9, às 17h, no salão nobre da Faculdade de Medicina, a conferência Os legados das transições democráticas. Costa Pinto é professor da Universidade de Lisboa e chega à UFMG como convidado do programa Cátedras FUNDEP/IEAT, do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares.

O professor vai falar sobre como as democracias lidam com os legados das ditaduras, engendram processos de justiça de transição e estabelecem as suas “políticas do passado”. “Nos últimos anos, a agenda de ‘como lidar com o passado’ foi sendo cada vez mais associada à qualidade das democracias contemporâneas”, lembra.

Segundo o cientista político, novos fatores como o ambiente internacional, as clivagens partidárias, os ciclos de memória e comemorações, as políticas de perdão, entre outros, têm trazido efetivamente o passado de volta à arena política. “Muitos anos depois do processo do colapso autoritário, democracias consolidadas revisitam o passado, quer simbolicamente, para superar legados históricos, quer, por vezes, para punir as elites associadas aos regimes autoritários anteriores.”

A Faculdade de Medicina da UFMG fica na Avenida Professor Alfredo Balena, 190, no Santa Efigênia. O evento é gratuito. Para participar, é preciso se inscrever por meio deste formulário eletrônico.

O conferencista
António Costa Pinto é professor catedrático no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e foi docente convidado nas universidades de Stanford e Georgetown, nos EUA, e no Institut D'Études Politiques, em Paris, e investigador visitante nas universidades de Princeton, da Califórnia, em Berkeley, e de Nova York, nos EUA.

Ex-presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política (APCP), sua produção intelectual tem tratado, sobretudo, do autoritarismo e do fascismo e dos processos de justiça de transição em diferentes lugares do mundo, temas sobre os quais organizou e publicou dois livros no Brasil, em parceria com Francisco Carlos Palomanes Martinho: O passado que não passa: a sombra das ditaduras na Europa do Sul e na América Latina saiu em 2014 pela Editora José Olympio e A onda corporativa: corporativismo e ditaduras na Europa e na América Latina, lançado em 2016 pela Editora FGV.

Em entrevista publicada na edição do 2.071 do Boletim UFMG, António Costa Pinto discorre sobre o tema de sua conferência.