Livro '50 tons de cinza' completa 10 anos como referência da literatura 'fanfiction'
Programa Universo Literário tratou desse gênero literário, em entrevista com a professora Raquel Aoki, da Faculdade de Letras da UFMG
Lançado em 2011, o livro 50 tons de cinza tornou-se sucesso mundial e foi a publicação mais vendida da década passada, além de ter ganhado uma adaptação para o cinema. O fenômeno, que completa uma década neste ano, surgiu como uma fanfiction. O termo vem de fanfic, palavra inglesa que representa uma narrativa escrita e divulgada por fãs, baseada em um enredo original. A autora de 50 tons de cinza, E. L. James, era uma grande fã da saga Crepúsculo e resolveu escrever uma história erótica envolvendo os protagonistas dos livros, Bella e Edward. Posteriormente, por causa do sucesso, o livro foi reescrito como uma história original, na qual o nome dos personagens principais foi alterado para Anastasia e Christian.
Atualmente, há fanfictions de todos os tipos, baseadas em diversas histórias originais e são, geralmente, publicadas em blogs e sites especializados. Apesar de fanfiction ser um gênero narrativo muito popular na internet e também o primeiro contato de muitas crianças e adolescentes com a escrita literária, o nome não é tão conhecido fora do meio virtual. Por isso e também pelos 10 anos de 50 tons de cinza, o gênero foi tema de entrevista no programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 23. Na edição, a apresentadora Michelle Bruck recebeu a professora Raquel Aoki, da Faculdade de Letras da UFMG, que é doutora em estudos linguísticos.
Entre os sites especializados na publicação de fanfictions, os mais populares, atualmente, são o Wattpad, o FanFiction e o SpiritFiction.