Livro expõe o racismo por trás da obra de H. P. Lovecraft
Publicação analisa discursos supremacistas, misóginos, racistas e xenófobos, no trabalho do escritor de horror
Hoje, 13 de maio, marca os 134 anos da abolição oficial da escravatura no país. A data não é comemorada pelo Movimento Negro, pois acabou com a escravidão sem garantir proteção e direitos ao povo preto, o que traz consequências para essa população até hoje. Dessa forma, o 13 de maio é uma oportunidade de refletir sobre a questão racial em diversos aspectos, entre eles a arte e a literatura. No programa Universo Literário de hoje, vamos falar da obra do escritor H. P. Lovecraft, conhecido como criador do subgênero horror cósmico. Sua obra é considerada revolucionária para o gênero do horror. Muito revisitado pela cultura pop, Lovecraft tem referências à sua obra em séries, filmes e até em desenhos animados. Alguns dos livros mais conhecidos do escritor morto em 1937 são O chamado de Cthulhu, At the Mountains of Madness e Os gatos de Ulthar. Uma análise crítica do trabalho do estadunidense foi feita pelo professor de história e escritor Luis Otávio Canevassi de Freitas em "Horror de outro mundo: um ensaio sobre racismo em H.P. Lovecraft". A publicação discute os preconceitos nos textos de Lovecraft, com destaque para o conto Horror em Red Hook, publicado em 1927 na revista Weird Tales. Na análise do professor, as linhas ou entrelinhas do americano apresentam discursos supremacistas, misóginos, racistas e xenófobos. A publicação é da Editora Telha e pode ser encontrada em livrarias físicas e virtuais e também no site.
Para entender melhor como esses discursos preconceituosos se manifestam na obra de H. P. Lovecraft, o programa Universo Literário conversou com o professor de história e escritor, Luis Otávio Canevassi de Freitas.