Há 200 anos, em janeiro de 1818, era publicada uma das obras de maior impacto na história da literatura. Escrita por uma mulher, e trazendo discussões polêmicas sobre ciência e religião, a história de Frankenstein se tornou um ícone para o gênero do terror na literatura e, posteriormente, no cinema. O livro foi escrito pela britânica Mary Shelley, que tinha apenas 18 anos quando finalizou a obra.

A inspiração veio em uma noite fria e com muita ventania na Suíça, onde, acompanhada de seu marido e um amigo do casal, Lorde Byron, Shelley decidiu contar uma história de terror.

A obra Frankenstein foi responsável também por gerar estudos como os da pesquisadora Talita Cassemiro Paiva Alves, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UFMG. Na graduação, ela estudou a relação da obra com o poema Paraíso Perdido, de John Milton. Agora, Talita pesquisa o mito e a herança mitológica presentes em Frankenstein.

“O livro não foi muito bem recebido porque as pessoas da época não estavam preparadas para um livro com ideias tão avançadas. Para os religiosos, a ideia de uma criação sem nenhuma intervenção divina era absurda”, explicou Talita Alves, em entrevista ao programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 23 de janeiro.

A obra Frankenstein pode ser lida gratuitamente na internet, em sites como o Portal Domínio Público.