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A AIDS e sua relação com a covid-19 é tema de entrevista no programa Conexões

Desde 1988, o mês de dezembro é dedicado a reforçar e dar visibilidade à luta contra a AIDS

1º de dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids
1º de dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids ONU

Quando o vírus HIV foi descoberto, na década de 1980, não havia nenhum tipo de informação sobre o assunto ou tratamento conhecido. Ou seja, tudo era muito novo e assustou a população e alertou os cientistas. O mesmo ocorreu com a pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo vírus de características diferentes, os contextos se relacionam. Por isso, no Mês de Luta Contra a AIDS, o programa Conexões explorou a relação entre HIV e coronavírus. 

 "Uma pandemia lembra muito a outra. As duas vieram de fora. Vieram trazidas por quem era capaz de fazer viagem internacional. As duas disseminaram do centro para as periferias, no sentido amplo da palavra, para todo o Brasil", conta o professor Dirceu Greco. Ele é Infectologista professor emérito da UFMG, membro e um dos vice-coordenadores do Comitê Internacional de ética da UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. 

Além da chegada e disseminação de maneiras parecidas, ambos os vírus trazem e escancaram preconceitos. Se por um lado a AIDS fez e faz com que o público LGBTQIA+ seja discriminado, por outro, a covid-19 deixa claro como a população negra, pobre e periférica é preterida pelas autoridades e sistema de governo.

Em termos de prevenção as características são diferentes. Os estudos para desenvolver uma vacina para proteger a população do coronavírus, em circulação desde o fim de 2019, já se encontram em estágios avançados, enquanto o HIV, em circulação desde a década de 80, ainda não tem uma. De acordo com o professor Dirceu Greco, as complexidades de vírus que causam doenças respiratórias faz com que seja possível o desenvolvimento de uma vacina para a covid-19, o que não acontece com o vírus da AIDS. 

Estima-se que, atualmente, cerca de 38 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo, sendo que 920 mil dessas pessoas estão no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Cerca de 135 mil desses brasileiros sequer sabem que convivem com o vírus. Por isso a importância de ter um mês inteiro dedicado à conscientização.

Ouça a conversa com Luíza Glória

No site do Ministério da Saúde você acessa o Boletim Epidemiológico do HIV e AIDS, publicado nesta semana.

Produção: Luíza Glória

Publicação: Jaiane Souza