Morre a professora Graciela Ravetti, diretora da Fale
Nascida na Argentina, ela atuou na UFMG durante quase 30 anos
Morreu na tarde desta terça-feira, dia 23, em Belo Horizonte, a professora Graciela Inés Ravetti de Gómez, da Faculdade Letras. Nascida em Tostado, na província de Santa Fé, na Argentina, Graciela era professora da UFMG desde 1992 e foi eleita para dois mandatos como diretora da Fale (2014-2018 e 2018-2022). A Reitoria decretou luto oficial de três dias.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida lamentou a morte da professora, de quem era amiga. “A UFMG está em luto. É imensa a nossa dor e profunda a nossa tristeza por essa perda inestimável, mas sua dedicação incondicional à nossa Instituição, sua resiliência e sua altivez ficarão sempre conosco.
Segundo a reitora, Graciela era uma diretora ativa, combativa e incansável na luta pela universidade pública. “Foi uma pessoa sempre aberta ao diálogo e à construção conjunta, dona de uma habilidade admirável para estabelecer consenso com base no respeito às diferenças. Tinha uma capacidade ímpar de trabalho, uma energia inesgotável e uma mente brilhante, procurando sempre, com fino humor, trazer uma palavra de otimismo e esperança e uma visão de um futuro promissor, mesmo diante de mares revoltos", testemunha.
Pilar
A diretora em exercício da Fale, Sueli Maria Coelho, conta que manteve uma relação muito próxima com Graciela nos últimos três anos, quando assumiram a direção da Unidade – Sueli como vice-diretora. “Era uma pessoa extremamente discreta, de inteligência rara e de humor arguto. Seu legado de pesquisadora renomada, de gestora eficiente e de defensora incondicional de uma educação pública de qualidade está gravado na Fale. Hoje, perdi uma grande amiga, e a UFMG, em especial a Fale, um de seus grandes pilares”, afirma.
Professora titular em Estudos Literários na Fale, Graciela Ravetti atuou como pesquisadora visitante no Queen Mary, da Universidade de Londres (2009-2011), e coordenou a pós-graduação em Estudos Literários da UFMG de 2012 a 2014. Era mestra e doutora em Língua Espanhola e Literatura Espanhola e Hispano-americana pela Universidade de São Paulo e trabalhou também na Universidade de Rosário. Ela coordenou projetos internacionais com pesquisadores das universidades de Mar del Plata e La Plata, na Argentina, do Chile e de Londres.
Graciela deixa o marido, Ricardo, e os filhos Martin e Cecília Ravetti, professores, respectivamente, do Instituto de Ciências Exatas e da Faculdade de Medicina.