Ensino

Mostra Sua UFMG encerra programação com participação de ex-alunos

Mesa vai mostrar que sucesso na carreira está relacionado à formação técnica de qualidade e também à vivência universitária

Cupertino em sala de aula onde é professor no CEFET/MG: prêmio de melhor tese do mundo e aprovação em concurso público federal
Cupertino, professor no Cefet/MG: prêmio de melhor tese do mundo e aprovação em concurso público federal Arquivo pessoal

A Mostra Sua UFMG encerra a sua programação na tarde de hoje, com a mesa Pergunte ao veterano: o que a UFMG te proporcionou?, a partir das 17h, com transmissão pelo YouTube. A mesa vai reunir ex-estudantes da Universidade que hoje se destacam no mercado de trabalho, como a bióloga Ana Duarte, a jornalista Isabelly Morais (os perfis estão em matéria no Portal UFMG), o engenheiro Allan Cupertino e a designer de animação Natalia Freitas.

Os egressos que participarão da mesa destacam que, mais do que uma formação técnica, a vivência na UFMG gera aprendizados fora das salas de aula. “As pessoas que conheci na pós-graduação foram essenciais para a minha vida. Na Universidade, fiz muitos amigos, que serviram de modelo de como pesquisar, trabalhar e agir. Minha passagem pelo campus da UFMG mudou meu jeito de enxergar a vida, foi onde eu aprendi a enfrentar os problemas e a seguir em frente, mesmo quando as coisas dão errado”, conta Allan Cupertino, egresso da Pós-graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) da Escola de Engenharia.

Da cadeira de aluno para a de professor
Allan é um exemplo de egresso que optou pela carreira acadêmica. Hoje professor, ele se formou em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 2013, e iniciou a vida acadêmica na UFMG naquele mesmo ano, quando ingressou na pós-graduação. “Dos colegas que se formaram comigo, muitos foram para o mercado e hoje estão trabalhando na indústria, mas eu sempre quis seguir carreira acadêmica, pois minha maior vontade era dar aulas”, diz.

Quando ainda estava no mestrado, Cupertino deu um grande passo para sua realização profissional, com a aprovação no concurso público para professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG). Logo ingressou no doutorado e, ao concluir sua tese, ganhou o prêmio de melhor tese do mundo na área pela Applications Society (IAS), do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). A pesquisa, desenvolvida de 2016 a 2019 e orientada pelo professor Isaac Seleme Júnior, propõe resoluções para problemas encontrados na produção de energia renovável. 

Apesar da carreira acadêmica bem-sucedida, Allan Cupertino ressalta que a UFMG foi mais do que um meio para alcançar seus objetivos profissionais. Ele conta que os professores e pesquisadores com os quais ele lidava no dia a dia da pós-graduação sempre serviram de exemplo e motivação para que ele seguisse em frente. “A UFMG me ajudou em muitos aspectos. Na pós-graduação tive contato com pesquisadores muito bons, todos sempre muito focados e motivados, o que acabava me puxando para cima também. Estar rodeado de profissionais tão competentes foi essencial para minha evolução e me ajudou a me tornar o professor que sou hoje”, diz.

Natália Duarte: participação em animação da Disney
Natalia Duarte é artista 3D e animadora 2DArquivo pessoal

'Moana: um mar de aventuras'
Natalia Freitas conta que nunca imaginou que trabalharia em uma animação da Disney. Ela sempre gostou de desenhos animados e, antes de ingressar na graduação na Escola de Belas Artes da UFMG, nutria curiosidade em saber como os desenhos eram feitos. Desde os 16 anos, Natalia já sabia o que queria estudar, e a UFMG era a única universidade pública que oferecia esse tipo de curso. “Eu gostava muito de música, de pintar, de desenhar e de esculpir, então via o cinema como uma forma de unir todas as artes”, diz.

Na graduação, ela descobriu que queria trabalhar com audiovisual, o que lhe possibilitaria atuar na produção de comerciais, séries de TV e filmes. Após se formar, Natalia começou a trabalhar e, em 2011, conquistou uma bolsa de estudos na Alemanha. “Lá eu me aperfeiçoei e produzi muitos filmes. Durante minha temporada na Alemanha, me dediquei bastante, e isso foi essencial para meu desenvolvimento profissional."

Em 2015, Natalia se candidatou a uma vaga em programa de desenvolvimento de talentos da Disney, nos Estados Unidos, o que lhe rendeu uma participação na produção da animação Moana: um mar de aventuras, filme lançado em 2017 cujo orçamento ultrapassou os 150 milhões de dólares. Hoje, a profissional mora em Vancouver, no Canadá, onde trabalha na DNEG, um grande estúdio de efeitos visuais.

“Se não fosse a UFMG, eu não teria tido condições de chegar aonde cheguei, pois tive a sorte de estudar em uma universidade pública e de contar, inclusive, com a ajuda financeira da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump). Sou tão agradecida que, toda vez que vou ao Brasil, visito o campus e tento conversar com estudantes para que eles conheçam a minha trajetória e vejam que a área possibilita seguir vários caminhos”, conclui.

Plataforma permanente
Além das atividades que ocorreram ao longo desta semana, a Mostra Sua UFMG conta com uma plataforma virtual, de caráter permanente, para atender à demanda dos estudantes, especialmente de outros estados brasileiros, que buscam informações sobre o ensino de graduação. 

O site, que estará disponível ao longo de todo o ano, informa sobre os caminhos de ingresso na Universidade e os programas de assistência estudantil, saúde mental, formação transversal e complementarintercâmbios e estágios.

Luana Macieira