Saúde

Mutirão leva informações sobre saúde a profissionais do sexo da Rua Guaicurus

Projeto de extensão da Faculdade de Medicina trabalha na perspectiva do cuidado integral

Prostituta em hotel da Rua Guaicurus: foco na saúde integral
Prostituta em hotel da Rua Guaicurus: acompanhamento integral Hirosuke Kitamura

Nesta quarta-feira, 15 de maio, hotéis da região da Rua Guaicurus, na região central de Belo Horizonte, onde cerca de quatro mil pessoas exercem a prostituição, serão alvo de ações de extensão da Faculdade de Medicina. O objetivo do projeto Integralidade no cuidado das profissionais do sexo é esclarecer questões relacionadas à saúde dessas mulheres, debater os estigmas enfrentados, aprimorar a relação médico-paciente na perspectiva do método clínico centrado na pessoa e facilitar o acesso ao Centro de Saúde Carlos Chagas (CSCC), para que sejam beneficiadas com acompanhamento integral. 

O mutirão também prevê ações na sede da Pastoral da Mulher, parceira do projeto, que é coordenado pelos professores Nathan Souza, do Departamento de Clínica Médica, e Helian Nunes, do Departamento de Medicina Preventiva e Social. Além de conhecerem os serviços ofertados pela Pastoral, as prostitutas terão acesso a cuidados médico, odontológico, farmacêutico, de enfermagem e de nutrição in loco. Os casos mais graves serão encaminhados ao CSCC ou a outro serviço de saúde.  

O professor Nathan Souza explica que as ações são baseadas nos diagnósticos de saúde desenvolvidos durante a disciplina Iniciação à Atenção Primária da Saúde III, na qual houve atuação prática de professores e estudantes no CSCC. A análise, segundo o coordenador, revelou bolsões ou grupos populacionais vulnerabilizados na perspectiva dos cuidados em saúde; um dos mais consideráveis é formado por pessoas que exercem a prostituição na região da Rua Guaicurus.

Participação
O projeto conta com participação da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Faculdade de Odontologia e do Hospital das Clínicas da UFMG e representantes de organizações civis, como o Clã das Lobas, coletivo de mulheres que exercem a prostituição na região, e o Isthar, grupo de apoio à gestação e ao parto ativo em Belo Horizonte.

Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina