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No Brasil, cresce a violência registrada contra mulheres negras nos últimos anos

Doutoranda em psicologia pela UFMG, Larissa Amorim foi a convidada para falar sobre o tema no programa Conexões

Marcha das Mulheres Negras em Copacabana, no Rio de Janeiro, realizada em 2019
Marcha das Mulheres Negras em Copacabana, no Rio de Janeiro, realizada em 2019 Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Esta segunda-feira, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, simboliza a luta das mulheres pelos mesmos direitos civis concedidos aos homens. Mais de 40 anos depois da instituição, a data ainda é ocasião para falar da violência contra a mulher. No Brasil, especificamente, os dados trazem uma forte característica: a influência do racismo nos casos de agressão a mulheres. 

Dados do Atlas da Violência no Brasil, de 2018, mostram que, de 2008 a 2018, a violência contra a mulher negra aumentou 12,4%, enquanto a taxa de violência contra mulheres não pretas diminuiu 11,7%. Dados mais atuais, do Atlas de 2020, mostram que, de 2017 a 2018, houve uma redução de 8,4% na taxa de homicídios contra a mulher, de forma geral, mas ainda com uma disparidade racial: a taxa de homicídios de mulheres não negras reduziu 12,3%, enquanto a de mulheres negras reduziu cerca de cinco pontos percentuais menos, 7,2%. 

Com base nesses dados, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, convidou, nesta segunda-feira, a doutorando em psicologia pela UFMG Larissa Amorim, que, de 2015 a 2019, foi subsecretária estadual de Políticas Públicas para as Mulheres no Governo de Minas Gerais, para falar sobre a violência contra a mulher negra no país.

Ouça a conversa com Luíza Glória

O site do Instituto Maria da Penha reúne informações sobre a violência contra mulher e formas de combatê-la. É possível denunciar casos de violência doméstica pelo telefone 180.

Produção de Flora Quaresma, sob orientação de Luiza Glória