O que Nobel 2019 tem a ver com você?
Pesquisas premiadas ajudam na compreensão do nosso corpo, das tecnologias e do universo
Nesta semana foram anunciados os ganhadores do Nobel, o prêmio mais importante da ciência. Uma notícia que pode passar batida para muita gente, mas você sabia que as pesquisas premiadas neste ano podem ter tudo a ver com você?
O que seria de você sem o seu celular, por exemplo? Pois é! Sem o trabalho dos cientistas que ganharam o Nobel de Química, esse aparelhinho que a gente usa para tudo hoje em dia não estaria ao alcance da sua mão. O Nobel 2019 é tema do programa “Outra estação” desta semana.
Nós explicamos a importância dos trabalhos dos pesquisadores agraciados com os prêmios de Medicina ou Fisiologia, Física, Química e também falamos sobre as obras dos dois vencedores na área de Literatura.
Da bateria do celular aos planetas mais distantes
No primeiro bloco do programa, falamos sobre as pesquisas premiadas na área de exatas. O Nobel de Química foi para pesquisadores que desenvolveram a bateria de íon de lítio, usada em celulares, notebooks e carros elétricos. Para entender melhor esses trabalhos, nós conversamos com o professor do Departamento de Química da UFMG Luciano Montoro e o professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Torresi.
Já o Nobel de Física premiou pesquisadores que desenvolveram trabalhos voltados para a compreensão do universo. O professor do Departamento de Física da UFMG e líder do Grupo de Astronomia da UFMG Renato Las Casas e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) José Dias do Nascimento Júnior, do Grupo de Estrutura e Evolução Estelar da Universidade, explicaram os significados desses estudos.
Da respiração celular aos escritores pouco traduzidos no Brasil
No segundo bloco sobre o programa, abordamos as pesquisas ganhadoras do Nobel de Medicina ou Fisiologia. Nós conversamos com o professor de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) Carlos Alexandre Netto e o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP Thiago Moreira.
Também neste bloco nós falamos sobre o Nobel de Literatura. Para compreender a importância da obra da polonesa Olga Tokarczuk, entrevistamos o professor do Departamento de Polonês, Alemão e Letras Clássicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Piotr Kilanowski. Já o professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília Pablo Gonçalo falou com a gente sobre o escritor austríaco Peter Handke.
Conteúdo extra: por que tão poucas mulheres ganharam o Nobel?
Entre os 11 ganhadores até aqui do Nobel 2019 só um é mulher: a escritora Olga Tokarczuk. Nas categorias científicas (Medicina ou Fisiologia, Química e Física) só homens foram premiados neste ano. A sub representação das mulheres na premiação não é de hoje.
Para se ter uma ideia, de 1901 a 2018, das 901 pessoas premiadas pelo Nobel, incluindo todas as categorias, apenas 51 são mulheres, o que representa só 5% do total. Na área de exatas, os números são ainda piores. Na Química, foram só cinco vencedoras. Na Física, três. Mas por que as mulheres ganharam tão poucos prêmios?
Foi o que perguntamos à professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Vanderlan Bolzani. Vanderlan foi a primeira e até hoje única mulher a presidir a Sociedade Brasileira de Química em mais de quatro décadas e atualmente é presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Além da sub representação das mulheres no Nobel, outra questão costuma chamar a nossa atenção quando falamos do prêmio: por que o Brasil nunca ganhou um Nobel? A professora Vanderlan Bolzani também falou sobre esse assunto.
Para saber mais sobre o tema:
Site oficial do Prêmio Nobel
Livro O Cinema Como Refugio da Escrita. Roteiro e Paisagens em Peter Handke e Wim Wenders de Pablo Gonçalo
Produção:
O Outra estação desta semana (10/10) O “Outra Estação” desta semana teve apresentação de Luana Lima, produção de Gabriela Dias, Luana Lima e Breno Benevides. Edição e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.
Outra estação explora, semanalmente, um tema de interesse da sociedade, buscando dados e conversando com pessoas que possam trazer contribuições sobre o assunto.
Na Rádio UFMG Educativa (frequência 104,5 FM), o programa vai ao ar às quintas, às 18h, com reprise na sexta, às 7h30. O Outra estação também está disponível nos aplicativos de podcast.