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Novembro Negro tem programação unificada na UFMG

Espetáculos culturais, rodas de conversa sobre percurso de alunos e professores e cotas raciais estão entre os destaques

Hoje haverá palestra sobre a vida da mulher negra.
Presença negra na Universidade será amplamente discutida nas próximas semanasPaulo Pinto / Fotos Públicas

Novembro é o mês da consciência negra e, a exemplo do que ocorre em diversos lugares no Brasil, vários grupos da UFMG propõem ações para discutir temas como inclusão, participação e racismo. Com o objetivo de unificar esses eventos, o coletivo Tudo Nosso, o Centro de Convivência Negra e a Unegro Mineira organizaram o Novembro Negro UFMG, que se estende até 7 de dezembro.

O 2º Festival Iranti de Cultura Negra, promovido pela Associação dos Servidores (Assufemg), está sendo realizado até 17 de novembro, com diversas atrações musicais, culturais e artísticas, feira de arte negra e oficinas. Para conhecer a programação e se inscrever nas oficinas, basta acessar o site da entidade.

Nesta terça-feira, dia 14, às 11h, a roda de conversa Apenas vivi, no auditório Bicalho, reúne discentes e docentes negros. Eles vão relatar suas trajetórias na academia e as dificuldades que enfrentaram por serem negros e negras. Às 13h, o Café Cacs sobre autodeclaração, que será realizado na sala 2080 da Fafich, vai discutir o tema das cotas raciais na universidade.

"A ideia é promover um mês de reflexão sobre o negro na universidade e discutir questões como as fraudes nas cotas", explica Alexandre Braga, um dos organizadores do evento. Ainda nesta terça, haverá oficina de capoeira angola, às 14h, na Arena da Fafich, e os debates DESconstruções: construindo, desconstruindo e reconstruindo saberes e Quilombos urbanos: identidade, território e violência, às 17h, no auditório 2 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face). A programação do dia será encerrada às 22h, com Batalha de MC’s e um pocket show, na arena da Fafich.

Na quinta-feira, 16, a turma de formandos do Teatro Universitário (TU) se apresenta na Fundação Nacional de Artes (Funarte), às 19h, com peça apresentada apenas por atores negros. No dia seguinte, 17, haverá o lançamento do livro Passageiros da noite: do trabalho para a EJA, do professor Miguel Arroyo, na Faculdade de Educação (FaE), às 18h30.

O ato contra a censura Terreiro Pai Ogum/Unegro é a atração de domingo, 19 de novembro, às 18h, no Palácio das Artes. O evento, que pretende denunciar a censura e a cultura do ódio que tomou conta do país, será marcado pela lavagem das escadarias do Palácio das Artes.

Consciência negra

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a Praça de Serviços será um dos palcos das atividades do Novembro Negro UFMG. A partir das 11h, haverá performance EnegreSer, seguida de lançamento de livros, apresentação de violão e roda de conversa sobre percursos de negros acadêmicos.

Ainda no dia 20, a performance EnegreSer e o Cortejo afro serão realizados das 18 às 18h30, no Restaurante Universitário 1. Às 18h, também ocorre a palestra O negro na sociedade brasileira, na Faculdade de Direito.

No dia 21, às 11h, o campus Saúde recebe a Concentração negra na Medicina. No dia 23, a palestra O que é ser negro? será realizada na Fafich, às 11h. E, no dia 27, haverá oficina de dança afro na Praça de Serviços, às 13h30. No último dia, 7 de dezembro, às 18h30, está marcada, na Fafich, a atividade Preta poeta e indígena

Semanalmente, a programação será atualizada na página do Facebook do evento, na página da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e no site Viver UFMG